"Não devemos permitir que uma só criança fique em sua situação atual sem desenvolvê-la até onde seu funcionamento nos permite descobrir que é capaz de chegar. Os cromossomos não têm a última palavra". (Reuven Feuerstein)

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

PROJETO FADA DO DENTE

Trabalhamos com células-tronco de polpa de dente de crianças autistas, através dessas células estudamos os mecanismos envolvidos nesta doença.

As doações acontecem da seguinte maneira: quando a criança esta com um dente mole, os pais entram em contato com o nosso grupo e nós os orientamos sobre o armazenamento. Quando o dente cai, os pais devem enviar para nós em até 48 horas para realizarmos o processo de isolamento das células-tronco.
Dentes que já caíram, infelizmente não servem pois as células-tronco morrem logo após a queda do dente. Para realizar a doação do dentinho do seu filho(a) o dente deve ter caído na hora, estar em ótimas condições (NÃO PODE ter carie), deve estar branquinho, limpo e com bastante polpa (que é aquela carninha dentro do furinho do dente). Se o dente não estiver em ótimas condições infelizmente não servirá para a pesquisa, pois as células que extraímos são muito sensíveis e morrem com facilidade.
Para iniciar, enviamos uma ficha de anamnese (ficha clínica) do (a) seu (sua) filho (a), para selecionarmos conforme o tipo de autismo, pois estamos recebendo muitos dentinhos. Esta ficha está anexa.
Infelizmente, no momento nós não estamos conseguindo enviar os kits da fada, mas o dente pode ser colocado em um potinho plástico (como aquele de exame de urina que vende na farmácia) contendo água mineral ou filtrada. Feche-o bem e coloque dentro de um isopor pequeno com gelo (o gelo pode ser reciclável, caso tenha, ou pode ser gelo normal, mas coloque dentre de vários sacos plásticos....).
Em seguida, envie para nós por Sedex mas dê preferencia para o Sedex 10 porque chega mais rápido e assim aumentam as chances de sucesso na obtenção das células do seu filhote.
Segue os dados para envio:
A/C Projeto a fada do dente
Av Prof Dr Orlando Marques Paiva, 87
Cidade Universitária
São Paulo/SP
Laboratório de células tronco - FMVZ/USP
departamento de cirurgia
CEP: 05508-270
Atenção: Os dentes doados são utilizados somente para a pesquisa, nós não somos um banco de células-tronco e não oferecemos nenhum tipo de tratamento com células-tronco nos pacientes, nós utilizamos essas células para realizar estudos no laboratório.
Pedimos para que o pais sempre entrem em contato conosco no caso de dúvidas. E assim que tivermos algum resultado, divulgaremos em jornais e revistas para que todos tenham acesso aos resultados da pesquisa, mas sempre sem identificar nenhum dos doadores ou seus familiares. Apenas os resultados científicos são divulgados.
Caso tenha alguma dúvida sobre o projeto, você também pode acessar o site: www.projetoafadadodente.com.br

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O brilho do carisma

A liderança surge como um processo coletivo e muitas vezes funciona como uma espécie de "truque", que pode ser aprendido e desempenhado em condições específicas


O presidente se ergueu pela longa rampa até a plataforma de seu vagão de trem... Amigo ou inimigo, aqueles que o viram nesse momento não deixaram de se comover diante da visão daquele homem, deficiente físico, subindo com tanta dificuldade – na verdade, impulsionando-se com os braços e músculos do ombro enquanto as mãos fortes agarravam o corrimão na lateral da rampa.” As viagens de trem de Franklin D. Roosevelt durante as campanhas presidenciais americanas de 1932 e 1936, aqui descritas por Samuel Rosenman, seu redator de discursos, tornaram-se lendárias. Segundo Breckinridge Long, embaixador de Roosevelt na Itália, “a multidão ultrapassava os limites do entusiasmo de forma selvagem”. Esse arrebatamento transbordou nas urnas, e em 1936 Roosevelt venceu as eleições por 11 milhões de votos, abrangendo todas as jurisdições estaduais, de Vermont ao Maine.

Vários estudos acadêmicos, mais notadamente uma análise realizada pela pesquisadora Dean Keith Simonton, da Universidade da Califórnia em Davis, e publicada em 1988 no Journal of Personality and Social Psychology, identificam Roosevelt como o mais carismático de todos os presidentes americanos.

No início, os assessores do presidente eram contra as viagens. Em 1921, Roosevelt foi diagnosticado com pólio, chamada popularmente de “paralisia infantil”. Como a especialista em campanhas políticas Kathleen Hall Jamieson, da Universidade da Pensilvânia, documentou, histórias de líderes eficazes e carismáticos os apresentam como viris, fortes e repletos de energia. O estado “infantilizado” de Roosevelt, porém, o privava dessas características. 
Qual era, então, a fonte de seu carisma? Inúmeros acadêmicos sugerem que estava no fato de ele transformar sua desvantagem em vantagem, mudando o foco negativo de sua deficiência para os atributos positivos da conquista pessoal: persistência, coragem e resistência. Ao fazê-lo, se conectava com milhões de americanos comuns durante a Grande Depressão. Após sua morte, um repórter perguntou a um homem que esperava para ver o trem do funeral na estação Union de Washington: “Por que você está aqui? Você conhecia Franklin Roosevelt?”. O entrevistado respondeu: “Não, mas ele me conhecia”.

Alguns raros políticos conseguem se parecer tanto com um “de nós” quanto “a favor de nós” – uma proeza que geralmente reside no cerne do carisma. Mas ao contrário do que muitos acreditam, não se trata de um dom – o carisma é resultado de cuidadosa elaboração. Nesse processo, o grupo que está sendo liderado está em igualdade de condições com o líder. O político aspirante, executivo ou ativista deve integrar as esperanças e os valores do grupo em uma história coerente e se fundir de forma emblemática nessa narrativa. No caso de Roosevelt, o ponto forte era a perseverança.
Um delicado equilíbrio de forças sociais imbui uma pessoa com a capacidade de inspirar outras. Ao observar toda a encenação que envolve as eleições, por exemplo, fique atento aos esforços dos candidatos para aproximar-se dos eleitores, procurando mostrar o quanto são parecidos e desejam as mesmas coisas. 

A política, porém, é só um campo a ser considerado. Descobertas recentes sugerem que todos podem aprender a cultivar o próprio carisma. Seja como empresário,como professor, seja um estudante que aspira à presidência do diretório, é possível brilhar um pouco mais se entendermos como os grupos pensam.

TOQUE DE MAGIA

De origem grega, a palavra charisma tem vários significados: o poder de fazer milagres, a habilidade de profetizar e de influenciar outros. A última definição é mais relevante aqui porque atualmente liderança costuma ser definida como processo social, em oposição à característica pessoal que permite a alguém motivar outras para ajudar a atingir metas de um grupo.

Liderança e carisma, entretanto, nem sempre foram vistos como fenômenos sociais. Desde os primeiros escritos sobre o assunto, por volta de 2.400 anos atrás, as qualidades foram consideradas inatas e privilégio de poucos. Sócrates chegou a declarar que “apenas um minúsculo número de pessoas” tem a amplitude de visão e os dotes físicos e mentais necessários para comandar. Mais recentemente essa posição foi atribuída ao sociólogo alemão Max Weber, a quem costumam atribuir a popularização do termo “carisma”. No início do século 20, ele o descreveu como “determinada qualidade de uma personalidade individual pela qual um líder se destaca dos homens comuns e é tratado como dotado de qualidades sobre-humanas ou pelo menos excepcionais, considerado como se tivesse poderes mágicos”.

Entretanto, Weber não encarava o carisma como mera qualidade de raros indivíduos agraciados pela sorte. As pessoas tendem a se concentrar nas palavras “sobre-humanas” e “mágicos” na citação, mas as palavras “tratado” e “considerado” são igualmente importantes. Weber prossegue: “O que é de fato importante é como a pessoa é vista por aqueles sujeitos à sua autoridade carismática, por seus ‘seguidores’ ou ‘discípulos’. Em outras palavras, os seguidores distinguem o líder dos outros e lhe concedem o carisma”.

Alguns experimentos apoiam esta visão, em especial o trabalho do falecido James Meindl, da Universidade Suny, em Buffallo, e seus colegas. Junto com Stanford Ehrlich, agora na Universidade da Califórnia, San Diego, e Janet Dukerich, da Universidade do Texas em Austin, Meindl revisou 30 mil reportagens de jornais que mencionavam a liderança de executivos. Em 1985, relataram a forte correlação entre referências à liderança carismática e evidências de melhora no desempenho de empresas.  A descoberta sugeriu duas possibilidades: as decisões e ações do líder levaram à melhora da organização, ou quando as pessoas viam a empresa com desempenho melhor, pressupunham que o resultado era devido à liderança carismática.

Para eliminar a questão controversa da causalidade, Meindl projetou um experimento interessante. Trabalhando com o doutor em administração e gestão Rajnandini Pillai, da Universidade Estadual da Califórnia, San Marcos, ele apresentou a universitários do curso de administração informações bibliográficas sobre o presidente de uma rede de restaurantes junto com dados sobre o desempenho da empresa durante os dez anos anteriores. Os participantes receberam informações diversas: alguns foram avisados que a empresa tinha passado de lucrativa a deficitária (“uma crise que levou ao declínio”); a outros voluntários foi dito que o negócio permanecera deficitário; um terceiro grupo ficou sabendo que o negócio se mantinha lucrativo e a outros ainda que a organização fora de deficitária a lucrativa (passando por uma “reversão de crise”). Os jovens classificaram o carisma do líder em uma série de escalas (veja quadro abaixo).
Embora a personalidade do executivo fosse descrita da mesma forma nos vários casos, ele foi visto como muito mais carismático quando a fortuna da empresa melhorou. Assim, Meindl concluiu que carisma não é uma característica de líder, mas uma atribuição feita por seguidores que são seduzidos pelo que ele denominou “o romance da liderança”. Em resumo, o carisma pode mais ser um truque que uma característica.

TORNAR-SE ESPECIAL

No entanto, há mais coisas envolvidas nessa situação que o resultado de sucesso. Evidências de outra pesquisa sugerem que provavelmente não atribuímos carisma ao gerente de uma equipe competidora que supere a nossa ou ao líder de um partido rival, que nos derrote nas pesquisas. Ou seja: um líder faz sucesso para nós. Esta análise é embasada na obra do falecido John C. Turner, psicólogo social, pesquisador da Universidade Nacional da Austrália. Em seu livro Social influence, de 1991, ele afirma que a liderança é um processo coletivo que envolve a identidade social compartilhada e permite que cada indivíduo exerça influência sobre os demais. Essa identidade comum se refere à compreensão do indivíduo sobre si mesmo como pertencente ao grupo. É o sentimento que emerge ao nos referirmos, por exemplo, a “nós, brasileiros”, “nós, mulheres”, “nós, psicólogos”, “nós, torcedores de determinado time” etc. 

É importante observar que quando nos definimos em termos coletivos tendemos a considerar o grupo do qual fazemos parte único, diferente – e melhor que os outros. Por isso, para confiar em um líder, precisamos, primeiramente, acreditar que ele é “um de nós” – e, de alguma forma, “especial”. O mesmo princípio marca a percepção do carisma. Em um experimento recente que conduzimos junto com as pesquisadoras Kim Peters e Niklas Steffens, da Universidade de Exeter, Inglaterra – e apresentamos na Reunião Geral da Associação Europeia de Sociologia Social de 2011 –, descobrimos que estudantes percebiam o discurso do presidente Barack Obama na Conferência Mudança Climática de Copenhague de 2009 como carismático quando o viam como um membro de seu grupo que avançava em suas metas. Mais especificamente, os que se definiam como “ambientalistas” julgaram o discurso de Obama mais carismático quando lhes disseram que os Estados Unidos conseguiriam atingir as metas para a redução de emissões de dióxido de carbono do que quando os fizeram acreditar que o país não conseguiria atingir esse objetivo. Essas informações, porém, não geraram impacto nos universitários que não tinham preocupação marcante com o meio ambiente. Esses últimos consideraram o discurso muito menos carismático. Ou seja: o carisma de Obama era condicionado ao quanto o público sentia que suas metas eram apoiadas.

Outros estudos confirmam esse resultado. Num experimento clássico desenvolvido pelo pesquisador Michael J. Platow, da Universidade Nacional da Austrália, foi pedido a universitários que classificassem o carisma de Chris, um líder estudantil fictício. Os voluntários deveriam avaliar o quanto o personagem inspirava confiança, era capaz de motivar os colegas, tinha visão ampla das mais variadas situações, ajudava a aumentar o otimismo do grupo etc. Os participantes foram informados de que Chris tinha boas qualidades – inteligência, responsabilidade e simpatia, características com as quais a maioria dos alunos se identificava. No entanto, ele podia tanto ser bem-sucedido quanto falhar no propósito de conseguir a posição almejada no diretório estudantil. Os resultados dessa experiência confirmam que o sucesso é fundamental para o incremento do carisma – mas não basta. Estudos também acentuam a importância do que os cientistas chamam de prototipicalidade. Quando o diretório prospera mas Chris não parece em sintonia com os estudantes, os jovens o classificam como menos carismático, em comparação a ocasiões em que o grêmio perdeu representatividade mas o personagem foi considerado “mais próximo” dos colegas. 

Mesmo desacreditados, líderes podem ter uma segunda chance. Outro experimento realizado por Platow e seus colegas mostrou que é possível recuperar o carisma usando linguagem que estabeleça noção de identidade compartilhada – referindo-se a “nós” em vez de “eu”. O carisma de Chris, por exemplo, aumentava quando usava linguagem inclusiva, enfatizando identidade social compartilhada (veja quadro na página ao lado).

A EFICÁCIA DOS TRÊS R`s

A questão mais ampla aqui é que a prototipicabilidade – e, portanto, o carisma – não é algo que possuímos ou que nos falta. Mas pode ser aprendido e cultivado. Durante muitos anos, examinamos como líderes eficientes criam narrativas de si próprios, de suas propostas e de grupos aos quais agradam. No livro de 2001 Self and nation, de um de nós (Reicher) e Nick Hopkins, da Universidade de Dundee, na Escócia, usamos uma frase para resumir essa noção: líderes carismáticos precisam ser excelentes “empreendedores de identidade”. Líderes carismáticos costumam falar sobre o que “nós acreditamos” e não dizer às pessoas no que devem crer. Porém, apenas declarar secamente “somos assim” pode motivar a resposta:  “Ah, não somos não!”. As narrativas bem-sucedidas de identidade manifestam-se como revelação e não decreto.

Uma pessoa que ambiciona liderar – seja em contexto político, empresarial, numa equipe esportiva, em outro grupo qualquer – pode recorrer aos “três Rs” da liderança eficaz: reflexão, representação e realização. A reflexão refere-se à aproximação da cultura e da história de um grupo – livros que todos leem na escola ou textos bíblicos, por exemplo, sustentam valores universais. Muitos líderes famosos pelo carisma tinham grande interesse em poesia e literatura – o que não é mera coincidência. Da mesma forma, diversos grandes líderes também passaram muito tempo ouvindo antes de começar a falar para outras pessoas. Aqueles que acreditam que não têm nada a aprender com os outros raramente são escolhidos como bons líderes. Já os bem-sucedidos que sucumbem à crença de que suas conquistas são apenas pessoais (e não coletivas), parecem, com o tempo perder o “encanto”.

A representação está associada à necessidade de ser visto tanto como membro quanto como figura de destaque em determinado meio. Um líder não só tece a narrativa em torno de sua própria identidade, mas também o faz em relação ao grupo ao qual se dirige, procurando tornar as narrativas coerentes e consistentes. Aparência, tom de voz e seleção de palavras têm papel fundamental nesse processo. 
Finalmente, a realização vincula-se à capacidade de transformar situações. O sucesso de um líder é medido por sua busca de prioridades para o grupo – crescimento econômico, conforto, igualdade de direitos ou prestígio, por exemplo. Um líder que brilhe com a luz do carisma também ajudará a moldar esses critérios e mobilizará as pessoas a seu favor. Em suma, líderes carismáticos são os que se saem bem ao fazer com que todos se sintam valorizados. 

Nessa empreitada, além de manter o empenho, é fundamental estar atento a oportunidades e habituar-se a lidar com imprevistos. Quando perguntaram ao primeiro-ministro britânico Harold Macmillan sobre seu maior medo, ele respondeu: “Acontecimentos, meu caro, acontecimentos”.

Fonte: S. Alexander Haslam e Stephen D. Reicher
           Mente e Cérebro

sábado, 4 de outubro de 2014

Eleições 2014 no Brasil



"Meu coração está aos pulos.
 Quantas vezes minha esperança
 será posta à prova?
 Por quantas provas terá ela que passar?
 Tudo isso que está aí no ar:
 malas, cuecas que voam
 entupidas de dinheiro,
 do meu dinheiro, do nosso dinheiro,
 que reservamos duramente para educar
 os meninos mais pobres que nós, pra cuidar
 gratuitamente da saúde deles
 e dos seus pais.
 Esse dinheiro viaja
 na bagagem da impunidade
 e eu não posso mais.
 Quantas vezes meu amigo, meu rapaz,
 minha confiança vai ser posta à prova?
 Quantas vezes minha esperança
 vai esperar no cais?
 É certo que tempos difíceis
 existem pra aperfeiçoar o aprendiz.
 Mas não é certo que a mentira
 dos maus brasileiros
 venha quebrar no nosso nariz.
 Meu coração está no escuro,
 a luz é simples,
 regada ao conselho simples
 de meu pai, minha mãe, minha avó
 e os justos que os precederam:
 ”Não roubarás,
 devolva o lápis do coleguinha,
 esse apontador não é seu, minha filha”.
 Ao invés disso,
 tanta coisa nojenta e torpe
 tenho tido que escutar.
 Até habbeas corpus preventivo
 Coisa da qual nunca tinha ouvido falar
 E sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste
 Esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará.
 Pois bem, se mexeram comigo,
 com a velha e fiel fé do meu povo sofrido,
 então agora eu vou sacanear:
 mais honesta ainda eu vou ficar.
 Só de sacanagem.
 Dirão: deixa de ser boba. Desde Cabral
 que aqui todo mundo rouba.
 Eu vou dizer: não importa.
 Será esse o meu carnaval.
 Vou confiar mais e outra vez.
 Eu, meu irmão, meu filho
 e meus amigos vamos pagar limpo
 a quem a gente deve
 e receber limpo do nosso freguês.
 Com o tempo a gente consegue
 ser livre, ético e o escambau.
 Dirão: é inútil, todo mundo aqui é corrupto,
 desde o primeiro homem
 que veio de Portugal.
 E eu direi: não admito.
 Minha esperança é imortal.
 E eu repito: ouviram? Imortal.
 Sei que não dá pra mudar o começo.
 Mas, se a gente quiser,
 vai dar pra mudar o final."

A grande responsabilidade cabe a cada eleitor. A cidadania só é legitimada pelo voto direto à medida que o eleitor não seja influenciado por postulantes a cargos públicos que fazem do pleito eleitoral um momento de exercer a sua arrogância e a sua vontade de satisfação privada estimulada pelo poder e pela influência negativa que, via de regra, são itens presentes em boa parte das candidaturas existentes em várias localidades brasileiras.
Que os eleitores que, como eu, têm a consciência da importância de se votar com segurança e conscientemente.



sábado, 20 de setembro de 2014

40 ANOS APAE DE ITABIRA/MG

A História do movimento apaeano na cidade de Itabira iniciou com os membros do Rotary Clube de Itabira, tendo a frente o Professor Maurício José Martins da Costa. Realizaram a primeira reunião oficial no Clube Atlético Itabirano no dia 13 de novembro de 1973. Para apresentar o estatuto segundo a Federação Nacional das APAEs. Estabelecia mandato de 2 anos. Tendo como presidente Dr. José Procópio de Alvarenga. O conselho deliberativo taxou as contribuições em 5 cruzeiros para serem pagos em banco através de carnês e ficou definida reunião mensal com a diretoria. Foi realizado o sorteio de uma bicicleta de onde veio a primeira renda da APAE.

A diretoria voltou a se encontrar em setembro de 1974 quando tomou posse, iniciando um trabalho intenso para conseguir providenciar as documentações necessárias como: o registro do estatuto filiação na Federação Nacional, Certificado de Utilidade Pública Municipal e Estadual. Uma turma de alunos especiais foi atendida no Grupo Escolar Dr. Pedro Guerra, no bairro Conceição de Cima.

É confeccionado um adesivo para carros: “AJUDE A APAE A AJUDAR O EXCEPCIONAL, com objetivo de divulgação.
É lançada a primeira campanha com o slogan “Agora preteridos, amanhã entrosados”, criado pelo Padre José Lopes, dando assim continuidade a campanha de divulgação do movimento. Alunos do PREMEN realizam palestras na comunidade sobre o excepcional, dois jornais locais publicam mensalmente matérias sobre a APAE.
A preocupação financeira é grande e é lançada uma rifa pela loteria federal de um carro marca corcel, o número da rifa não saiu e foi realizada outra rifa com mais alguns prêmio que foram doados. APAE enfim conseguiu o CGC e Certificado de Utilidade Pública Municipal.

Em novembro de 1976, Renato Aragão apresentou um show no VEC com renda em prol da APAE. Antônio Valeriano e Professor Maurício, em visita oficial ao Prefeito Dr. Jairo Magalhães, solicitam doação de um terreno para a construção da sede da APAE. A proposta foi encaminhada para a Câmara Municipal avaliar. Prefeitura promete doar um terreno no bairro Inconfidentes, o qual foi cedido para a COAB. A Prefeitura doou um terreno de 7600m² na localidade chamada Chico Beta. Muitas promoções são realizadas na comunidade com o objetivo de angariar fundos para a APAE iniciar suas atividades. A APAE faz uma troca com o COMBEM do terreno doado para ambos.
No ano de 1978 as pessoas cobram a início do funcionamento da escola para atender os fronteiriços (termo da época que designava o excepcional).

Maio de 1979, Sr. Gil(Leovegildo Silvério da Silva) como presidente do Lions participa da renião de diretoria pela primeira vez junto com Fernando Campolina presidente do Rotary.
17 de junho de 1979 é realizado eleição para diretoria, Sr. Gil compõe a chapa para presidente a qual é eleita por aclamação. Os trabalhos se intensificam, há um esforço comum em acelerar o processo para abrir a escola imediatamente. A diretoria viaja à cidade de São João Del Rey. Para conhecer a APAE que é considerada modelo em Minas Gerais. De lá trouxeram a planta da sede da APAE e a idéia de melhor adaptá-la para atender aos itabiranos. Sr. Gil solicitou ao engenheiro Dr. Rubens Trindade estruturá-la.

A CVRD realiza a terraplanagem no local e com a parceria da Empresa CONTOR, dá-se inicia as obras e é nomeada uma comissão para acompanhar a construção do prédio.
Professor Maurício e D. Margarida convidam a psicóloga do COMBEM(Conselho Municipal do Bem Estar do Menor) Maria Cecília para orientar os trabalhos de seleção de pessoal e o atendimento aos alunos. O antigo convento do Colégio Nossa Senhora das Dores foi colocado à disposição da APAE. É montada uma equipe, tendo como diretora a Claide, como psicóloga Maria Cecília, como fonoaudióloga Maria Elizabeth Delunardo e o neurologista Júlio Tércio de Alvarenga.
A APAE conseguiu o Certificado de Utilidade Pública Estadual, assinado pelo governador Francelino Pereira. Três Professoras são selecionadas Cibele Andrade, Vera das Dores Oliver e Maria do Socorro Silva, as mesmas fizeram estágio na APAE de Belo Horizonte.

Abril de 1980 a APAE é finalmente instalada no antigo convento do Colégio Nossa Senhora das Dores. Um folder é publicado e distribuído na comunidade com a seguinte mensagem: “Existe um lugar onde todo mundo gosta de todo mundo, sem distinção de raça e de cor: APAE”. Iniciam-se as inscrições, e junto com as mães surgiu a preocupação com o transporte. É realizada a primeira reunião com os pais para definirem sobre o transporte, uniforme e merenda.
Onze de agosto de 1980 – iniciam-se as aulas, uma data que é um marco no movimento apaeano. Após sete anos de luta concretiza-se um sonho, 102 alunos matriculados. Fábio Pires doou um ônibus para APAE. Continuam as rifas de carros, promoções de shows, bailes, feira da paz, etc. Posto JOB e Posto Mangueira iniciam a doação de óleo diesel mensal. É feita uma enquete para escolher o nome da APAE entre pais e associados, por unanimidade foi escolhido o nome de Dr. Mauro de Alvarenga.

Setembro de 1983 – apesar de grandes rifas e promoções a APAE continua trabalhando no vermelho. A entidade recebe o certificado de filiação da Federação das APAEs. É o ano de eleição e o Sr. Gil é reeleito por aclamação. Convênios com a LBA atrasados em média de 3 meses inviabiliza o funcionamento da APAE.
Junho de 1985 – É adquirido o Certificado de Utilidade Pública Federal. A CVRD doa 77 milhões e oitocentos mil cruzeiros para a construção. O presidente e duas professoras participam de um congresso em Belo Horizonte. O Lions doa verbas para aquisição de aparelhagem que atende a oito alunos deficientes auditivo simultaneamente.
1986 – A APAE enfim entrega o prédio para a Congregação Nossa Senhora das Dores, após seis anos cedidos gratuitamente.

Novembro de 1986 – Finalmente a sede fica pronta e a APAE passa a funcionar até a presente data na Rua José de Alencar, 385 no Bairro Machado, onde até hoje continua na luta pela inclusão social.
APAE em funcionamento na sua nova sede vai aos poucos ampliando o quadro de técnicos e de funcionários, visando sempre viabilizar as implantações de projetos que assegure a melhoria da qualidade dos atendimentos ao Deficiente Intelectual.


















































domingo, 14 de setembro de 2014

Mãe mostra como é o tratamento do filho com autismo

Autismo: Diagnóstico precoce é fundamental para estimular crianças na comunicação e socialização

"Quando a intervenção é realizada em crianças menores de 3 anos, a melhora é de 80%. Aos 5 anos cai para 70% e acima disso fica muito prejudicada" - Fábio Barbirato, coordenador do Serviço de Atendimento e Psiquiatria Infantil da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro

Deiseone Matilde Verônica tem 34 anos e há sete ganhou sua primeira e única filha, Thaiane Fernanda Verônica. Quando a garotinha completou seis meses de vida, a mãe começou a desconfiar que havia algo errado em seu desenvolvimento. O primeiro temor era de que o bebê fosse surdo, já que Thaiane era muito parada e quase não se mexia. O exame de audição não apontou problemas, mas por outro lado os pais descobriram que a moleira da criança já estava fechada e a pediatra pediu que a mãe esperasse para monitorar a evolução da filha. Deiseone esperou até que ela completasse nove meses e voltou a procurar especialistas. Quase com 2 anos, Thaiane deu os primeiros passos. Mas só aos 3 foi encaminhada ao Sistema Único de Saúde (SUS), onde um psiquiatra deu o diagnóstico: a menina sofria do transtorno do espectro autista.

“O diagnóstico precoce foi muito bom para minha relação com Thaiane, pois o contato físico e visual dela melhorou e acho que isso também ajudou na socialização”, diz Deiseone. Ela conta que tem uma boa comunicação com a filha. Ela me pede água, pede copo e anda normalmente. Tento proporcionar um bom ambiente para minha filha. Vou com ela à terapia comportamental-cognitiva, fonoterapia e terapia ocupacional. Levo Thaiane na escola e, como é longe, fico lá esperando”, conta a dona de casa, que vive em função da filha. 

Tema constantemente debatido por especialistas, o diagnóstico precoce do autismo – que, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, atinge 70 milhões de pessoas no mundo e no Brasil cerca de 2 milhões –, ainda não é consenso entre os profissionais da área médica. Vem ganhando força porém a tese de que iniciar uma intervenção o quanto antes, quando a criança apresenta os primeiros possíveis sintomas, ajuda os pais a ganhar um tempo precioso para estimular o cérebro de seus filhos portadores do problema. De acordo com Fábio Barbirato, psiquiatra da infância e da adolescência e coordenador do Serviço de Atendimento e Psiquiatria Infantil da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, hoje é possível detectar o autismo numa criança entre 12 meses e 18 meses de vida. Para isso, porém, é preciso profissionais treinados.

“Há 20 anos, quando comecei a conhecer a psiquiatria da infância, não se falava em diagnósticos antes dos 5 anos de vida”, lembra o psiquiatra. Segundo ele, há 10 anos, apenas uma criança de até cinco anos era atendida por mês em seu consultório e no serviço de saúde. Hoje são em média 20 crianças por semana no consultório e outras 20 no serviço de saúde. Para Barbirato, isso ocorre porque os pais estão perdendo o medo de encarar o problema e levando seus filhos mais cedo ao consultório psiquiátrico.

O autismo, de fato, é uma doença de diagnóstico difícil, que apresenta sinais raramente conclusivos. Quanto antes os pais levarem seus filhos para avaliação médica, melhor. Uma abordagem desse tipo adotada por pesquisadores do Davis Health System, ligado à Universidade da Califórnia (EUA), vem, aparentemente, eliminando sintomas e atrasos no desenvolvimento de crianças autistas que receberam estímulos específicos a partir dos seis meses.

Publicado no Journal of Autism and Developmental Disorders, o estudo aplicou a terapia chamada infant start (início da infância) em sete crianças diagnosticadas com o transtorno. De acordo com os pesquisadores, o programa busca alterar seis comportamentos que podem ser observados nos primeiros meses de vida: fixação visual em objetos, repetição anormal de movimentos, ausência de atos intencionais de comunicação, desinteresse na interação social, desenvolvimento da fala abaixo do esperado e baixa resposta a interações afetivas pelo olhar e pela voz.

Para implementar a estratégia, os médicos contaram com a participação de importantes aliados, os próprios pais dos pequenos pacientes, que se transformaram em verdadeiros terapeutas dos bebês que tinham entre seis e 10 meses quando começaram a ser tratados. “A mãe e o pai estão ao lado das crianças todos os dias e é nos pequenos momentos, como a troca de fraldas, a hora de comer, os passeios e as brincadeiras, que eles influenciam no aprendizado dos bebês”, explica Sally Rogres, uma das autoras do artigo.

Arthur Kummer, psiquiatra de crianças e adolescentes e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explica que “o conceito de autismo vem sendo lapidado. A definição atual ressalta que a principal alteração provocada pelo autismo é na habilidade comunicativa. Essa observação vem permitindo a definição de diagnósticos com mais frequência e de casos mais leves.”
Alteração da habilidade comunicativa é um dos principais sintomas que ajudam a definir os casos, segundo o psiquiatra Arthur Kummer.

Comportamento 

Pesquisa do governo americano mostra que o número de casos de autismo em 2010 (últimos dados disponíveis) aumentou quase 30% em relação aos dados anteriores (de 2008), quando se apontava que havia um caso para cada 88 crianças e quase 60% em comparação com 2006, quando foi registrado um caso para 110 crianças normais. A maioria das crianças foi diagnosticada após os 4 anos. Em 2010, essa relação subiu para uma em cada 68 crianças com 8 anos de idade. Os números são do CDC (Center of Diseases Control and Prevention), órgão máximo do governo americano para a saúde. Segundo Barbirato, o espectro autista tem basicamente duas características: na socialização e na comunicação (a criança não fala, nem aponta o que quer, ou fala mas não tem reciprocidade social; algumas podem melhorar a linguagem, mas não conseguem manter um diálogo) e as alterações de comportamento. Entre elas, pode haver uma inflexibilidade com mudanças na rotina, movimentos estereotipados (repetitivos com as mãos ou mexer o corpo de forma anormal), e um interesse não usual na intensidade ou no foco (por exemplo, ficar aficcionado por palitos de picolé). “Quando a intervenção é realizada em crianças menores de 3 anos, a melhora é de 80%. Aos 5 anos, cai para 70%, e acima disso fica muito prejudicada”, observa
.
Risperidona
 
Na última sexta-feira, o Ministério da Saúde anunciou que vai disponibilizar, pela primeira vez no Sistema Único de Saúde (SUS), o medicamento risperidona. A substância age na irritabilidade e agressividade, sintomas comuns no autismo. O ministério estima que a medida será capaz de beneficiar 19 mil pacientes ao ano.

Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/09/14/noticia_saudeplena,150355/autismo-diagnostico-precoce-mostra-se-fundamental-para-que-pais-possa.shtml



terça-feira, 9 de setembro de 2014

Fé Jegede: O que eu aprendi com meus irmãos autistas


Hoje, tenho apenas um pedido. Por favor, não digam que sou normal.

Agora, gostaria de apresentar-lhes meus dois irmãos. Remi tem 22 anos, é alto e muito bonito. Ele não fala, mas comunica alegria de uma forma que poucos dos melhores oradores conseguem. Remi sabe o que é o amor. Ele o partilha incondicionalmente e ele o compartilha independentemente, Ele não é mesquinho. Ele não vê a cor da pele. Ele não liga para diferenças religiosas, e ouçam essa: Ele jamais contou uma mentira. Quando ele canta as canções da nossa infância, tentando usar palavras que nem eu consigo recordar. ele me faz lembrar duma coisa: do quão pouco conhecemos a mente, e do quão maravilhoso deve ser o desconhecido.

Samuel tem 16 anos. Ele é alto. É muito bonito. Ele tem uma memória impecável. Contudo, sua memória é seletiva. Ele não se lembra se roubou minha barra de chocolate, mas se lembra do ano de lançamento de cada música no meu iPod, de conversas que tivemos quando ele tinha quatro anos, de ter feito xixi no meu braço durante o primeiro episódio dos Teletubbies, e do dia do aniversário da Lady Gaga.

Não são incríveis? Mas, a maioria das pessoas não concorda. E, porque suas mentes não encaixam na versão que a sociedade tem sobre normalidade, eles são frequentemente deixados de lado e mal compreendidos.

Mas o que me deu ânimo e fortaleceu minha alma é que embora esse fosse o caso, embora eles não sejam considerados pessoas comuns, isto só pode significar uma coisa: que eles são extraordinários -autistas e extraordinários.

Para quem não esteja muito familiarizado com o termo "autismo". trata-se de um distúrbio cerebral que afeta a comunicação social, as habilidades de aprendizado e, às vezes, as habilidades físicas. Ele se manifesta de forma diferente em cada indivíduo. e é por isso que Remi é diferente do Sam. Em todo o mundo, a cada 20 minutos, alguém é diagnosticado com autismo. E, embora seja um dos transtornos dedesenvolvimento que mais cresce no mundo, não se conhece causa ou cura.

Nem consigo lembrar-me do primeiro momento em que me defrontei com autismo, mas não posso me lembrar de um dia sequer sem ele. Eu tinha apenas três anos quando meu irmão nasceu, e eu estava tão entusiasmada por ter um novo ser em minha vida. Depois de alguns meses, percebi que ele era diferente. Ele gritava muito. Ele não queria brincar como os outros bebes, e, de fato, ele não parecia nem um pouco interessado em mim. Remi vivia e reinava no seu próprio mundo, com suas próprias regras, e encontrava prazer nas mínimas coisas, como colocar carros em fila ao redor do quarto e ficar olhando a máquina de lavar, e comer qualquer coisa que estivesse no seu caminho. À medida que foi crescendo, ele era cada vez mais diferente, e as diferenças tornaram-se mais óbvias. Porém, além das birras e das frustrações e da hiperatividade incessante havia algo realmente único: uma natureza pura e inocente, um garoto que via o mundo sem preconceito, um ser humano que jamais mentiu. Extraordinário.

Agora, não posso negar que houve alguns momentos bem desafiadores na minha família, momentos nos quais eu desejava que eles fossem como eu. Mas, eu me recordo das coisas que eles me ensinaram sobre individualidade, comunicação e amor, e percebo que estas são coisas que eu não gostaria de mudar com a normalidade. A normalidade desconsidera a beleza que as diferenças nos traz, e que o fato de sermos diferentes não significa que um de nós esteja errado. Significa apenas que há um tipo diferente de certo. E se eu puder dizer ao Remi apenas uma coisa e ao Sam e para vocês é que vocês não precisam ser normais. Vocês podem ser extraordinários. Porque sendo ou não autista as nossas diferenças - Temos um dom! Todos temos um dom dentro de nós mesmos, e para ser totalmente honesta, a busca da normalidade é o sacrifício extremo da potencialidade. A oportunidade de crescimento, de progresso e mudança morre no momento em que tentamos ser como alguma outra pessoa.

Por favor, não me digam que sou normal. Obrigada.


BAILE DE COMEMORAÇÃO 40 ANOS APAE ITABIRA

60 ANOS APAE NO BRASIL - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais comemora 60 anos da fundação da primeira entidade no Brasil. A APAE é a maior rede que atende à pessoa com deficiência intelectual e múltipla

40 ANOS APAE ITABIRA - é preciso conhecer o papel que as APAES no Brasil vêm desempenhando frente à defesa de direitos e no exercício dos deveres cidadãos das pessoas com deficiência. O foco reside no favorecimento da aprendizagem e do integral desenvolvimento das pessoas com deficiência intelectual e múltipla que atendem.

Muito temos a comemorar e o Sistema Único de Saúde - SUS, credencia a APAE de Itabira, com a interveniência da Secretaria Municipal de Saúde de Itabira, com o Programa do SERDI, que define os serviços Especializados de Reabilitação em Deficiência Intelectual e Transtornos do Espectro Autista (TEA).