"Não devemos permitir que uma só criança fique em sua situação atual sem desenvolvê-la até onde seu funcionamento nos permite descobrir que é capaz de chegar. Os cromossomos não têm a última palavra". (Reuven Feuerstein)

sábado, 20 de setembro de 2014

40 ANOS APAE DE ITABIRA/MG

A História do movimento apaeano na cidade de Itabira iniciou com os membros do Rotary Clube de Itabira, tendo a frente o Professor Maurício José Martins da Costa. Realizaram a primeira reunião oficial no Clube Atlético Itabirano no dia 13 de novembro de 1973. Para apresentar o estatuto segundo a Federação Nacional das APAEs. Estabelecia mandato de 2 anos. Tendo como presidente Dr. José Procópio de Alvarenga. O conselho deliberativo taxou as contribuições em 5 cruzeiros para serem pagos em banco através de carnês e ficou definida reunião mensal com a diretoria. Foi realizado o sorteio de uma bicicleta de onde veio a primeira renda da APAE.

A diretoria voltou a se encontrar em setembro de 1974 quando tomou posse, iniciando um trabalho intenso para conseguir providenciar as documentações necessárias como: o registro do estatuto filiação na Federação Nacional, Certificado de Utilidade Pública Municipal e Estadual. Uma turma de alunos especiais foi atendida no Grupo Escolar Dr. Pedro Guerra, no bairro Conceição de Cima.

É confeccionado um adesivo para carros: “AJUDE A APAE A AJUDAR O EXCEPCIONAL, com objetivo de divulgação.
É lançada a primeira campanha com o slogan “Agora preteridos, amanhã entrosados”, criado pelo Padre José Lopes, dando assim continuidade a campanha de divulgação do movimento. Alunos do PREMEN realizam palestras na comunidade sobre o excepcional, dois jornais locais publicam mensalmente matérias sobre a APAE.
A preocupação financeira é grande e é lançada uma rifa pela loteria federal de um carro marca corcel, o número da rifa não saiu e foi realizada outra rifa com mais alguns prêmio que foram doados. APAE enfim conseguiu o CGC e Certificado de Utilidade Pública Municipal.

Em novembro de 1976, Renato Aragão apresentou um show no VEC com renda em prol da APAE. Antônio Valeriano e Professor Maurício, em visita oficial ao Prefeito Dr. Jairo Magalhães, solicitam doação de um terreno para a construção da sede da APAE. A proposta foi encaminhada para a Câmara Municipal avaliar. Prefeitura promete doar um terreno no bairro Inconfidentes, o qual foi cedido para a COAB. A Prefeitura doou um terreno de 7600m² na localidade chamada Chico Beta. Muitas promoções são realizadas na comunidade com o objetivo de angariar fundos para a APAE iniciar suas atividades. A APAE faz uma troca com o COMBEM do terreno doado para ambos.
No ano de 1978 as pessoas cobram a início do funcionamento da escola para atender os fronteiriços (termo da época que designava o excepcional).

Maio de 1979, Sr. Gil(Leovegildo Silvério da Silva) como presidente do Lions participa da renião de diretoria pela primeira vez junto com Fernando Campolina presidente do Rotary.
17 de junho de 1979 é realizado eleição para diretoria, Sr. Gil compõe a chapa para presidente a qual é eleita por aclamação. Os trabalhos se intensificam, há um esforço comum em acelerar o processo para abrir a escola imediatamente. A diretoria viaja à cidade de São João Del Rey. Para conhecer a APAE que é considerada modelo em Minas Gerais. De lá trouxeram a planta da sede da APAE e a idéia de melhor adaptá-la para atender aos itabiranos. Sr. Gil solicitou ao engenheiro Dr. Rubens Trindade estruturá-la.

A CVRD realiza a terraplanagem no local e com a parceria da Empresa CONTOR, dá-se inicia as obras e é nomeada uma comissão para acompanhar a construção do prédio.
Professor Maurício e D. Margarida convidam a psicóloga do COMBEM(Conselho Municipal do Bem Estar do Menor) Maria Cecília para orientar os trabalhos de seleção de pessoal e o atendimento aos alunos. O antigo convento do Colégio Nossa Senhora das Dores foi colocado à disposição da APAE. É montada uma equipe, tendo como diretora a Claide, como psicóloga Maria Cecília, como fonoaudióloga Maria Elizabeth Delunardo e o neurologista Júlio Tércio de Alvarenga.
A APAE conseguiu o Certificado de Utilidade Pública Estadual, assinado pelo governador Francelino Pereira. Três Professoras são selecionadas Cibele Andrade, Vera das Dores Oliver e Maria do Socorro Silva, as mesmas fizeram estágio na APAE de Belo Horizonte.

Abril de 1980 a APAE é finalmente instalada no antigo convento do Colégio Nossa Senhora das Dores. Um folder é publicado e distribuído na comunidade com a seguinte mensagem: “Existe um lugar onde todo mundo gosta de todo mundo, sem distinção de raça e de cor: APAE”. Iniciam-se as inscrições, e junto com as mães surgiu a preocupação com o transporte. É realizada a primeira reunião com os pais para definirem sobre o transporte, uniforme e merenda.
Onze de agosto de 1980 – iniciam-se as aulas, uma data que é um marco no movimento apaeano. Após sete anos de luta concretiza-se um sonho, 102 alunos matriculados. Fábio Pires doou um ônibus para APAE. Continuam as rifas de carros, promoções de shows, bailes, feira da paz, etc. Posto JOB e Posto Mangueira iniciam a doação de óleo diesel mensal. É feita uma enquete para escolher o nome da APAE entre pais e associados, por unanimidade foi escolhido o nome de Dr. Mauro de Alvarenga.

Setembro de 1983 – apesar de grandes rifas e promoções a APAE continua trabalhando no vermelho. A entidade recebe o certificado de filiação da Federação das APAEs. É o ano de eleição e o Sr. Gil é reeleito por aclamação. Convênios com a LBA atrasados em média de 3 meses inviabiliza o funcionamento da APAE.
Junho de 1985 – É adquirido o Certificado de Utilidade Pública Federal. A CVRD doa 77 milhões e oitocentos mil cruzeiros para a construção. O presidente e duas professoras participam de um congresso em Belo Horizonte. O Lions doa verbas para aquisição de aparelhagem que atende a oito alunos deficientes auditivo simultaneamente.
1986 – A APAE enfim entrega o prédio para a Congregação Nossa Senhora das Dores, após seis anos cedidos gratuitamente.

Novembro de 1986 – Finalmente a sede fica pronta e a APAE passa a funcionar até a presente data na Rua José de Alencar, 385 no Bairro Machado, onde até hoje continua na luta pela inclusão social.
APAE em funcionamento na sua nova sede vai aos poucos ampliando o quadro de técnicos e de funcionários, visando sempre viabilizar as implantações de projetos que assegure a melhoria da qualidade dos atendimentos ao Deficiente Intelectual.


















































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