Uma em cada
68 crianças americanas tem autismo, de acordo com as estimativas reveladas
nesta quinta-feira (27) pelas autoridades de saúde dos Estados Unidos, o que
representa um aumento de 30% em comparação com os números anteriores,
divulgados em 2012.
Há dois
anos, uma em cada 88 crianças sofria transtornos do espectro autista, segundo o
informe dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do governo
americano.
Segundo a
agência Reuters, os pesquisadores do CDC afirmaram que as informações foram
obtidas por meio da análise de crianças de 11 comunidades e podem não
representar toda a população nacional. Eles também não investigaram por que as
taxas subiram tanto, mas há algumas pistas. Neste último relatório, quase
metade das crianças identificadas como autistas tinham QI médio ou acima da
média. Há uma década, somente um terço das crianças identificadas como autistas
estavam nessa situação.
“Pode ser
que os médicos estejam ficando melhores em identificar essas crianças; pode ser
que exista um número crescente de crianças com autismo com habilidades
intelectuais mais altas, ou pode ser uma combinação de melhores diagnósticos
com aumento da prevalência”, disse Coleen Boyle, diretora do Centro Nacional de
Defeitos Congênitos e Deficiências de Desenvolvimento do CDC.
Alguns
especialistas acreditam que as taxas mais altas refletem o fato de que pais,
médicos e professores estão prestando mais atenção no autismo, o que resultaria
em mais crianças sendo diagnosticadas com o distúrbio.
Para o
estudo, foram avaliados histórico médico, escolar e outros registros de
crianças de 8 anos de 11 comunidades americanas para determinar se elas tinham
autismo.
O relatório aponta que a distribuição geográfica do número de crianças autistas é irregular: enquanto uma a cada 175 crianças no Alabama tem a doença, em Nova Jersey, o distúrbio foi identificado em uma a cada 45 crianças.
O relatório aponta que a distribuição geográfica do número de crianças autistas é irregular: enquanto uma a cada 175 crianças no Alabama tem a doença, em Nova Jersey, o distúrbio foi identificado em uma a cada 45 crianças.
De acordo
com esses números, o autismo é quase cinco vezes mais comum em meninos do que
meninas. Entre os meninos, um a cada 42 são afetados e, entre as meninas, uma a
cada 189 são afetadas. A pesquisa também concluiu que há mais crianças brancas
do que negras ou hispânicas afetadas pelo autismo.
Segundo a
pesquisa, a maioria das crianças com autismo são diagnosticadas depois dos 4
anos de idade, embora a síndrome possa ser detectada a partir dos 2 anos.
“Temos que fazer mais para diagnosticar crianças antes”, diz Coleen. “A
detecção precoce do autismo é a ferramenta mais eficaz que temos para fazer a
diferença na vida dessas crianças”, garante.