PRANCHA DE COMUNICAÇÃO
"O meu amor, dedicação, carinho, sonhos de um futuro transcendente, vai para minhas queridas crianças autistas, que, de forma silenciosa e, até muitas vezes geniais, nos revelam um lado inexplorado do ser humano."
"Não devemos permitir que uma só criança fique em sua situação atual sem desenvolvê-la até onde seu funcionamento nos permite descobrir que é capaz de chegar. Os cromossomos não têm a última palavra". (Reuven Feuerstein)
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Como
estimular a atenção e comunicação em crianças do espectro autístico
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ESTRATÉGIAS PARA FACILITAR O COMPARTILHAR DA ATENÇÃO
DICAS SOBRE COMO EXERCITAR A LEITURA SOCIAL
DICAS DE COMO ESTIMULAR A COMUNICAÇÃO
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Treino para deixar de
usar fraldas
Treinar a criança ir ao banheiro à noite pode apresentar alguns desafios únicos aos pais. Vários fatores precisam ser encaminhados ao mesmo tempo em ordem para garantir o sucesso.
O mais importante de tudo é a ingestão de líquido têm que ser controlada cuidadosamente nas horas que antecedem a hora de dormir. Evite permitir que seu filho beba qualquer quantidade maior de líquido após as 18hs. Se ele sentir sede após esta hora permita que ele beba alguns goles de água. Você talvez ache necessário fazer pequenos ajustamentos no cronograma baseado na resposta individual de seu filho.
Com certeza, esteja certa que ele bebeu a quantidade adequada de líquido antes dessa hora.
Faça um cronograma de horário das vezes que ele poderá ir ao banheiro durante a noite logo que ele deitar-se. Ir ao banheiro a esta hora não é uma opção; é preciso que seja um evento já marcado no cronograma e que toda noite ele o faça na mesma hora. Estes horários têm que ser os mesmos, rotina, para que não ocorram acidentes.
E se essas mudanças não surtirem nenhum efeito e se manter seco durante a noite, então inclua essas próximas estratégias:
Checar periodicamente para determinar quando ele urina na cama durante a noite. Por exemplo, talvez você descubra que ele constantemente está seco até às 11hs, mas em algum momento ele está molhado após esse horário.Comece o treinamento de habituá-lo a urinar no toilet durante a noite. Acorde-o e o leve ao banheiro constantemente às 11h. Faça disto uma rotina. Com a importância sem muita conversa ou confusão.Como o seu objetivo é fazer que seu filho fique seco durante a noite e a usar o toilet quando ele sentir que precisa urinar, é importante que você dê a ele símbolos visuais e outros suportes necessários para chegar a este objetivo com o mínimo incomodo as outras pessoas da família. Mesmo que ele já possa estar utilizando o toilet sozinho durante o dia, comece a utilizar os símbolos visuais para que ele possa utilizar o banheiro.
Coloque fotos ou desenhos que simbolizem "use o banheiro" nas portas do banheiro e em outros locais no alcance de sua visão. Inicialmente direcione a sua atenção a estas figuras quando ele usar o banheiro de dia ou a noite.
Também dê a ele uma figura correspondente quando você acordá-lo durante a noite para levá-lo ao banheiro. Isto faz com que haja embasamento para um eventual uso de pistas visuais, independente se ele usa o banheiro sozinho ou não.
Quando seu filho tiver habituado a usar o banheiro durante a noite em uma determinada hora, ele talvez desenvolva uma grande conscientização o dos sinais físicos que o levem a acordar e a acessar o banheiro. Tendo a figura prontamente fixada aonde ele irá visualizá-la assim que acordar facilitará o passo final de ir ao banheiro sozinho. Tenha certeza de também ensiná-lo a responder a uma figura que tenha como mensagem "durma". Fixe esta figura onde ele possa ver logo que ele termine de utilizar o banheiro durante a noite para ter a certeza que ele retorne para a cama e durma.
Estas estratégias têm sido usadas com grande sucesso em crianças que tiveram problemas de urinar na cama durante a noite. E também com crianças que ficam perambulando pela casa durante a noite, após acordar com vontade de usar o banheiro.
Algumas dicas para ensinar a criança a usar o banheiro:
(Texto de Susan Boswell . Adaptação de Tania R.F. Schumacher)
Para ensinar a criança o uso do banheiro devemos sempre tirar fralda, limpar, colocar a roupa , tudo relacionado ao uso o vaso sanitário, sempre no banheiro, não tire a roupa da criança e nem troque suas fraldas no quarto, para que ela compreenda que, para fazer xixi, coco usa-se o banheiro.
De início observe os horários em que normalmente a criança faz xixi e coco. Anote. Após essa observação leve a criança ao banheiro nesses horários, é importante que se estabeleça uma rotina e que não esqueçam os horários.
Converse sempre com ela explicando que você a está levando o banheiro para fazer xixi e etc..., mesmo que você acredite que ela não está entendo o que você fala.
Alguns problemas que podem aparecer nesse processo e algumas dicas úteis:
Resistência a sentar no vaso sanitário:
§ Deixe sentar no vaso sanitário sem remover a roupa
§ Deixe sentar no vaso sanitário com a tampa fechada
§ Use pinico (se o vaso sanitário for muito alto) e depois jogue o xixi ou coco no vaso sanitário na frente dela.
§ Demonstre como sentar no vaso sanitário: use um boneco para demonstrar, você senta em seguida e depois, a criança senta.
§ Sente junto
§ Ofereça ajuda física se necessário
§ Ajude a compreender por quanto tempo deve permanecer sentado (deixe-a ouvir uma música e, quando ela acabar, poderá sair. Use um relógio despertador por um minuto).
§ Quando ela começar a sentar-se ofereça entretenimento - como livro, brinquedos ou outra coisa que a criança gosta. Você pode fazer uma caixinha com brinquedos q a criança só vai brincar quando estiver sentada no vaso sanitário, assim você garante que ela não vai perder o interesse por aquele determinado brinquedo.
Medo da descarga:
§ Não use a descarga até ter algo para ser removido
§ Use a descarga quando a criança estiver longe do vaso sanitário (como na porta).
§ Marque o lugar que acriança deve estar para você usar a descarga e, gradualmente coloque este lugar cada vez mais perto do vaso sanitário.
§ Avise que vai usar a descarga. Exemplo: “está pronto? 1, 2, 3 e já!” (aperte a descarga).
§ Deixe a criança usar a descarga
Só quer usar a descarga:
§ Cobrir a descarga para a criança não ver
§ Dê algo para segurar
Brincar com água:
§ Ofereça um brinquedo que tenha água para distrair
§ Use uma toalha para cobrir as pernas da criança enquanto usa o vaso sanitário.
§ Cubra o vaso sanitário até usar.
Brincar com o papel higiênico:
§ Tire do lugar se estiver causando muitos problemas (substitua por lenços de papel)
§ Já deixe a mão a quantidade certa que deve usar
Não quer se limpar:
§ Tente materiais diferentes (lenço de papel, lenços umedecidos, toalhinha, esponja).
§ Demonstre este processo usando uma boneca
Não quer fazer xixi em pé (para os meninos):
§ Ofereça um alvo para a criança atingir na água (cereal redondo, por exemplo).
§ Aumente o tamanho do alvo se necessário (use alguns cereais formando um círculo).
§ Use corante para mudar a cor da água e obter a atenção da criança.
Quer manter a fralda:
§ Corte o fundo da fralda aos poucos, e ofereça outra fralda quando sentar no vaso sanitário. (www.institutoinclusaobrasil. com.br)
Treinar a criança ir ao banheiro à noite pode apresentar alguns desafios únicos aos pais. Vários fatores precisam ser encaminhados ao mesmo tempo em ordem para garantir o sucesso.
O mais importante de tudo é a ingestão de líquido têm que ser controlada cuidadosamente nas horas que antecedem a hora de dormir. Evite permitir que seu filho beba qualquer quantidade maior de líquido após as 18hs. Se ele sentir sede após esta hora permita que ele beba alguns goles de água. Você talvez ache necessário fazer pequenos ajustamentos no cronograma baseado na resposta individual de seu filho.
Com certeza, esteja certa que ele bebeu a quantidade adequada de líquido antes dessa hora.
Faça um cronograma de horário das vezes que ele poderá ir ao banheiro durante a noite logo que ele deitar-se. Ir ao banheiro a esta hora não é uma opção; é preciso que seja um evento já marcado no cronograma e que toda noite ele o faça na mesma hora. Estes horários têm que ser os mesmos, rotina, para que não ocorram acidentes.
E se essas mudanças não surtirem nenhum efeito e se manter seco durante a noite, então inclua essas próximas estratégias:
Checar periodicamente para determinar quando ele urina na cama durante a noite. Por exemplo, talvez você descubra que ele constantemente está seco até às 11hs, mas em algum momento ele está molhado após esse horário.Comece o treinamento de habituá-lo a urinar no toilet durante a noite. Acorde-o e o leve ao banheiro constantemente às 11h. Faça disto uma rotina. Com a importância sem muita conversa ou confusão.Como o seu objetivo é fazer que seu filho fique seco durante a noite e a usar o toilet quando ele sentir que precisa urinar, é importante que você dê a ele símbolos visuais e outros suportes necessários para chegar a este objetivo com o mínimo incomodo as outras pessoas da família. Mesmo que ele já possa estar utilizando o toilet sozinho durante o dia, comece a utilizar os símbolos visuais para que ele possa utilizar o banheiro.
Coloque fotos ou desenhos que simbolizem "use o banheiro" nas portas do banheiro e em outros locais no alcance de sua visão. Inicialmente direcione a sua atenção a estas figuras quando ele usar o banheiro de dia ou a noite.
Também dê a ele uma figura correspondente quando você acordá-lo durante a noite para levá-lo ao banheiro. Isto faz com que haja embasamento para um eventual uso de pistas visuais, independente se ele usa o banheiro sozinho ou não.
Quando seu filho tiver habituado a usar o banheiro durante a noite em uma determinada hora, ele talvez desenvolva uma grande conscientização o dos sinais físicos que o levem a acordar e a acessar o banheiro. Tendo a figura prontamente fixada aonde ele irá visualizá-la assim que acordar facilitará o passo final de ir ao banheiro sozinho. Tenha certeza de também ensiná-lo a responder a uma figura que tenha como mensagem "durma". Fixe esta figura onde ele possa ver logo que ele termine de utilizar o banheiro durante a noite para ter a certeza que ele retorne para a cama e durma.
Estas estratégias têm sido usadas com grande sucesso em crianças que tiveram problemas de urinar na cama durante a noite. E também com crianças que ficam perambulando pela casa durante a noite, após acordar com vontade de usar o banheiro.
Algumas dicas para ensinar a criança a usar o banheiro:
(Texto de Susan Boswell . Adaptação de Tania R.F. Schumacher)
Para ensinar a criança o uso do banheiro devemos sempre tirar fralda, limpar, colocar a roupa , tudo relacionado ao uso o vaso sanitário, sempre no banheiro, não tire a roupa da criança e nem troque suas fraldas no quarto, para que ela compreenda que, para fazer xixi, coco usa-se o banheiro.
De início observe os horários em que normalmente a criança faz xixi e coco. Anote. Após essa observação leve a criança ao banheiro nesses horários, é importante que se estabeleça uma rotina e que não esqueçam os horários.
Converse sempre com ela explicando que você a está levando o banheiro para fazer xixi e etc..., mesmo que você acredite que ela não está entendo o que você fala.
Alguns problemas que podem aparecer nesse processo e algumas dicas úteis:
Resistência a sentar no vaso sanitário:
§ Deixe sentar no vaso sanitário sem remover a roupa
§ Deixe sentar no vaso sanitário com a tampa fechada
§ Use pinico (se o vaso sanitário for muito alto) e depois jogue o xixi ou coco no vaso sanitário na frente dela.
§ Demonstre como sentar no vaso sanitário: use um boneco para demonstrar, você senta em seguida e depois, a criança senta.
§ Sente junto
§ Ofereça ajuda física se necessário
§ Ajude a compreender por quanto tempo deve permanecer sentado (deixe-a ouvir uma música e, quando ela acabar, poderá sair. Use um relógio despertador por um minuto).
§ Quando ela começar a sentar-se ofereça entretenimento - como livro, brinquedos ou outra coisa que a criança gosta. Você pode fazer uma caixinha com brinquedos q a criança só vai brincar quando estiver sentada no vaso sanitário, assim você garante que ela não vai perder o interesse por aquele determinado brinquedo.
Medo da descarga:
§ Não use a descarga até ter algo para ser removido
§ Use a descarga quando a criança estiver longe do vaso sanitário (como na porta).
§ Marque o lugar que acriança deve estar para você usar a descarga e, gradualmente coloque este lugar cada vez mais perto do vaso sanitário.
§ Avise que vai usar a descarga. Exemplo: “está pronto? 1, 2, 3 e já!” (aperte a descarga).
§ Deixe a criança usar a descarga
Só quer usar a descarga:
§ Cobrir a descarga para a criança não ver
§ Dê algo para segurar
Brincar com água:
§ Ofereça um brinquedo que tenha água para distrair
§ Use uma toalha para cobrir as pernas da criança enquanto usa o vaso sanitário.
§ Cubra o vaso sanitário até usar.
Brincar com o papel higiênico:
§ Tire do lugar se estiver causando muitos problemas (substitua por lenços de papel)
§ Já deixe a mão a quantidade certa que deve usar
Não quer se limpar:
§ Tente materiais diferentes (lenço de papel, lenços umedecidos, toalhinha, esponja).
§ Demonstre este processo usando uma boneca
Não quer fazer xixi em pé (para os meninos):
§ Ofereça um alvo para a criança atingir na água (cereal redondo, por exemplo).
§ Aumente o tamanho do alvo se necessário (use alguns cereais formando um círculo).
§ Use corante para mudar a cor da água e obter a atenção da criança.
Quer manter a fralda:
§ Corte o fundo da fralda aos poucos, e ofereça outra fralda quando sentar no vaso sanitário. (www.institutoinclusaobrasil. com.br)
Guia para ensinar a usar o
banheiro com estrutura TEACCH
Traduzido do
original em inglês (http://www.teacch.com/toilet.html)
Muitas crianças autistas têm
dificuldades em aprender a usar o vaso sanitário. O que pode funcionar para uma
criança pode não funcionar para outras. Aqui vai um resumo do TEACCH de como
ensinar a usar o vaso sanitário.
Um dos elementos do programa
TEACCH é o ensino estruturado “Structure Teaching” que são as ferramentas
usadas pelo programa para dar o suporte necessário para que o autista aprenda
novas habilidades explorando seu lado forte de aprendizagem visual, motricidade
e rotina, com isso ganhando mais independência.
Primeiro sempre se deve levar em
consideração a perspectiva da criança, de que maneira as características do
autismo contribuem para a dificuldade de aprender a usar o vaso sanitário.
a) A dificuldade de compreender e
manter uma relação social interfere neste processo. A criança regular, de dois
a três anos, quer agradar e fica orgulhosa de estarem crescendo e começando a
usar cuequinhas, calcinhas. A criança autista não tem esta motivação.
b) A criança autista tem
dificuldade em organizar informações e manter uma seqüência. Por isso seguir a
rotina necessária para o processo de usar o vaso sanitário e manter o foco que
é necessário neste processo torna-se um desafio.
c) A dificuldade em compreender a
linguagem e imitar modelos. Eles podem não compreender o que se espera deles.
d) A dificuldade em aceitar a
mudança na rotina. A criança já tem o costume de usar fraldas e está
familiarizado com esta rotina, pode não compreender a necessidade desta
mudança.
e) Dificuldade em organizar
informações sensoriais. Estabelecer a relação entre a sensação que o corpo
transmite pedindo para ir ao banheiro e as atividades do dia a dia. Com isso
não reconhecem os sinais que o corpo oferece. Para muitos, o banheiro pode ser
insuportável, o barulho da descarga, ecos, barulho da água correndo e o vaso
sanitário que para eles e uma cadeira com um furo no meio com água dentro. No
processo de remover a roupa, a temperatura pode afetá-los e a sensação do pano
da roupa pelo corpo pode fazer com que a criança não se sinta bem.
Começando:
1) No processo de ensinar a usar
o vaso sanitário deve-se definir um objetivo realista compreendendo que será um
processo lento. Observe a criança para escolher a melhor maneira de começar. De
início estabeleça uma rotina incluindo o horário de ir ao vaso sanitário e
colete informações sobre a performance da criança. Leve-a ao banheiro a cada
meia hora para tentar usar o vaso sanitário. Depois de duas semanas compare os
dados das informações coletadas.
* A criança se mantém seca
por um bom período?
* Pode-se notar alguma
regularidade quando ela esta molhada ou com fezes?
* Ela faz uma pausa nas
atividades quando está molhada ou com fezes?
Para as crianças que todas as
respostas foram “Não”, isso significa que elas ainda não estão preparadas para
realizar esta meta. Mas recomenda-se que inclua em sua rotina algumas idas ao
vaso sanitário para se familiarizar.
Outras informações importantes
que se deve coletar:
* A criança está
compreendendo esta rotina?
* Como é sua habilidade para
vestir-se?
* A criança demonstra medo
ou interesse relacionado ao processo de ir ao banheiro
(reação à descarga, água, papel
higiênico e outros)?
* Qual o seu nível de
atenção neste processo?
* Como entra ao banheiro
(não entra/entra rápido)?
* Ao tirar a roupa (aceita
ajuda, como tirar até o joelho, coxa)?
* Senta-se no vaso
sanitário?
* Pega o papel higiênico?
* Usa o papel higiênico?
* Levanta a tampa do vaso
sanitário?
* Veste sua roupa?
* Dá descarga?
No final deste processo terá
informações suficientes para estabelecer um objetivo apropriado para introduzir
o treinamento de usar o vaso sanitário.
2) Estrutura física:
Ao começar o processo de ensinar
o uso do banheiro queremos que a criança compreenda que este comportamento
(fazer xixi, cocô) deve ser feito no vaso sanitário. Com isso inclua o processo
de tirar fralda, limpar, colocar a roupa (relacionada com o processo de usar o
vaso sanitário) sempre no banheiro (não tire a roupa da criança e nem troque
suas fraldas no quarto) para estabelecer a compreensão para que, para isso,
usa-se o banheiro. Crie um ambiente seguro para ela sem muita estimulação. A
criança ficará mais calma e responderá melhor.
Pense também nas necessidades
físicas (para as crianças que têm dificuldades de locomoção): se necessitam de
uma barra de ferro que as ajudem a apoiar seu peso para usar o vaso sanitário.
O barulho da descarga, eco do banheiro pode incomodar alguns. Muitas crianças
respondem bem a músicas suaves e outros sons que tirem ou diminuam os ruídos
naturais do sanitário.
3) Estabelecer suporte visual:
Depois de estabelecer um objetivo
apropriado para introduzir o vaso sanitário é importante implementar o suporte
visual que demonstre as seqüências de cada ação deste processo. Deve usar um
objeto ou foto (PECS) que represente a transição de ir ao banheiro e iniciar
uma rotina. Depois de estabelecer esta rotina é importante que suporte estas
ações visualmente com objetos, fotos (PECS), escrever as seqüências cada passo
(se a criança lê). Descrever as seqüências das ações é importante para que a
criança reconheça e faça a conexão dos passos que ele deve fazer. Inclua na
seqüência o que ela vai fazer depois de ir ao banheiro (como brincar, assistir
TV).
4) Problemas específicos:
Resolva os problemas durante o
percurso sempre levando em consideração a perspectiva da criança e como se pode
ajudar a solucioná-los usando estrutura visual.
Aqui vão algumas idéias de
problemas que pais encontram ao começar este treinamento:
a) Resistência a sentar no vaso
sanitário:
* Deixe sentar no vaso
sanitário sem remover a roupa
* Deixe sentar no vaso
sanitário com a tampa fechada
* Use pinico (se o vaso
sanitário for muito alto)
* Demonstre como sentar no
vaso sanitário: use um boneco para demonstrar, você senta em seguida e depois,
a criança senta.
* Sente junto
* Ofereça ajuda física se
necessário
* Ajude a compreender por
quanto tempo deve permanecer sentado (deixe-a ouvir uma música e, quando ela
acabar, poderá sair. Use um relógio despertador por um minuto).
* Quando ela começar a
sentar-se ofereça entretenimento - como livro ou outra coisa.
b) Medo da descarga:
* Não use a descarga até ter
algo para ser removido
* Use a descarga quando a
criança estiver longe do vaso sanitário (como na porta).
* Marque o lugar que
acriança deve estar para você usar a descarga e, gradualmente coloque este
lugar cada vez mais perto do vaso sanitário.
* Avise que vai usar a
descarga. Exemplo: “está pronto? 1, 2, 3 e já!” (aperte a descarga).
* Deixe a criança usar a
descarga
c) Só quer usar a descarga:
* Cobrir a descarga para a
criança não ver
* Dê algo para segurar
* Use seqüências visuais
para mostrar quando se usa a descarga
d) Brincar com água:
* Ofereça um brinquedo que
tenha água para distrair
* Use um papelão ou uma
toalha para cobrir as pernas da criança enquanto usa o vaso sanitário.
* Cubra o vaso sanitário até
usar.
* Coloque uma pista visual
aonde a criança deve sentar-se.
e) Brincar com o papel higiênico:
* Tire do lugar se estiver
causando muitos problemas (substitua por lenços de papel)
* Já deixe a mão a quantidade
certa que deve usar
* Apresente pistas visuais
para quando deve tirar o papel higiênico (use clipes para mostrar até a onde
deve tirar ou marque com caneta)
f) Não quer se limpar:
* Tente materiais diferentes
(lenço de papel, lenços umedecidos, toalhinha, esponja).
* Considere a temperatura do
material.
* Demonstre este processo
usando uma boneca
g) Não quer fazer xixi em pé
(para os meninos):
* Ofereça um alvo para a
criança atingir na água (cereal redondo, por exemplo).
* Aumente o tamanho do alvo
se necessário (use alguns cereais formando um círculo).
* Use corante para mudar a
cor da água e obter a atenção da criança.
h) Quer manter a fralda:
* Corte o fundo da fralda
aos poucos, e ofereça outra fralda quando sentar no vaso sanitário.
* Use boneca para demonstrar
o procedimento
* Aumente a quantidade de
fluidos (água, suco) e fibra na dieta.
5) Comunicação:
É importante estabelecer uma
maneira da criança se comunicar e conseguir independência. É necessário que ela
consiga comunicar suas necessidades de ir ao banheiro. Por exemplo, se a
criança quando quer ir ao banheiro anda de um lado para o outro indicando para
as pessoas que a conhecem que necessita ir ao vaso sanitário, use esta
oportunidade para ensiná-la a usar a comunicação sistemática como objetos,
fotos (PECS), linguagens de sinais, palavras.
MÉTODO TEACCH
(Treatment and Education of Autistic and related Communication-handicapped Children)
Objetivo: aumentar o funcionamento independente.
Valoriza o aprendizado estruturado (principalmente no início do tratamento). Dá importância à rotina e a informação visual.
É NECESSÁRIO ORGANIZAR E SIMPLIFICAR O AMBIENTE, APRESENTANDO MENOS ESTÍMULOS SENSORIAIS CONCOMITANTES. ISTO FACILITA A CRIANÇA A FOCAR A ATENÇÃO NOS DETALHES RELEVANTES
UTILIZAÇÃO DE MATERIAL COM INFORMAÇÃO VISUAL
A informação dada visualmente tem como objetivo amenizar as dificuldades de comunicação existentes.
A programação das atividades do dia deve ser dada visualmente.
Pode existir um quadro indicando, em seqüência, quais atividades ou tarefas a criança deve realizar.
Alguns quadros são feitos de maneira a induzir a criança a retirar o cartão com a foto ou desenho da próxima atividade e depositá-la no local onde deve ir. Por exemplo, retirar a foto da piscina do quadro e colocá-la em um lugar com o mesmo símbolo na piscina.
É claro que a utilização dos quadros requer um aprendizado. Inicialmente alguém fará cada passo com a criança, colocando os cartões em sua mão e ensinado-a a colocá-lo no local. Quando a atividade tiver acabado, a criança deve voltar ao quadro de tarefas para ver qual a próxima atividade e pegar seu respectivo cartão. Com o tempo ela poderá realizar a tarefa de maneira independente.
O fundamental é a persistência até que a criança aprenda a utilizar a informação visual.
Na maioria das vezes a utilização deste método traz tranqüilidade à criança já que possibilita melhor compreensão e comunicação.
O quadro a seguir ilustra os passos que a criança deve seguir ao chegar na escola e quais serão as atividades: guardar mochila, ir ao banheiro, jogo, lavar as mãos, lanchar e ir para casa.
Ao invés do nome pode-se colocar uma foto da criança em cima do quadro de suas atividades.
É necessário que ao ver a figura a criança entenda o que se espera dela. Isto ajuda na organização, minimiza possíveis problemas de linguagem receptiva e dá independência para a criança.
É possível também utilizar material visual para ensinar a fazer determinadas tarefas como fazer café, escovar os dentes, etc...
A próxima figura utiliza um álbum para ensinar a fazer café. As páginas do álbum possuem uma seqüência de fotos que ensinam cada passo de como fazer café. Primeiro pega a água, depois colocar na cafeteira, etc.
Este tipo de orientação pode servir para qualquer coisa que se queira ensinar para a criança. É obvio que isto implica em um aprendizado. Inicialmente os passos serão dados com auxílio, mas sempre utilizando o álbum como referencial para a criança.
É fundamental iniciar com tarefas bem simples (como por exemplo, pegar biscoitos em um pote) e sempre utilizando as fotos para a criança aprender a obter a informação ordenada e organizada visualmente.
A foto abaixo mostra álbuns de como colocar a mesa para o café, para o almoço, e para o lanche.
A família pode ter também um esquema na parede para a criança se situar com relação aos dias da semana e o que fará em determinado dia.
Nos dias de semana pode-se colocar uma foto dela com uniforme da escola ou algum logotipo que a criança associe à escola. Nos sábados e domingos pode-se colocar uma foto de casa ou foto da criança com os pais ou avós. O importante é que fique claro para a criança que dia é hoje e o que ela fará.
É também útil fotografar os locais e pessoas que fazem parte da vida da criança. Assim, quando os pais forem explicar para a criança aonde ela vai, podem mostrar uma foto ilustrativa enquanto passam a informação verbal (“hoje vamos à casa da vovó” e mostra a foto).
Outro método utilizado com o intuito de aumentar a comunicação é o PECS (Picture Exchange Communication System).
Este sistema utiliza cartões contendo fotos ou logotipos de coisas relevantes para a criança. Pode-se iniciar com coisas que a criança gosta de comer e ensiná-la a utilizar os cartões como objeto de troca pelo que deseja.
Pode ser qualquer coisa. É importante utilizar coisas que a criança goste como:
É interessante que exista sintonia entre os métodos utilizados em casa e na escola. O ideal é utilizar o método de cartões e organização visual das tarefas em casa e na escola.
Espero que estes exemplos sejam úteis para vocês.
Ai vão algumas fotos de pessoas utilizando este método pelo mundo:
FONTE: Dra. Carla Gikovate
FONOAUDIOLOGIA NO AUTISMO
Os problemas de comunicação das crianças autistas podem ter uma grande variação e podem depender do desenvolvimento social e intelecutual do indivíduo. Alguns podem ser completamente incapazes de falar enquanto outros tem um vocabulário bem desenvolvido e podem falar sobre uma série de tópicos do seu interesse. Qualquer programa terapêutico deve começar acessando o ponto em que as habilidades linguísticas da criança se encontra.
Embora algumas crianças autistas tenham pouco ou nenhum problema com a pronúncia das palavras, a maioria tem efetivamente dificuldades em utilizar a linguagem. Até aquelas crianças que não tem problemas em articular as palavras, exibem dificuldades no uso da linguagem pragmática como saber o que dizer, como dizer e quando dizer tanto quanto interagir socialmente com as pessoas. Muitos que falam, dizem coisas sem contexto ou informação. Outros repetem o que ouviram (ecolalia) ou discursos que memorizaram em algum momento. Algumas crianças autistas falam cantando ou usando uma voz mecânica como se fossem robôs.
A Fonoaudiologia é a ciência que tem como objeto de estudo a comunicação humana, no que se refere ao seu desenvolvimento, aperfeiçoamento, distúrbios e diferenças, em relação aos aspectos envolvidos na função auditiva periférica e central, na função vestibular, na função cognitiva, na linguagem oral e escrita, na fala, na fluência, na voz, nas funções orofaciais e na deglutição.
A intervenção precoce e continuada do fonoaudiólogo nos Distúrbios do Desenvolvimento, é fundamental para que o quadro clínico apresentado pelos indivíduos portadores do Transtorno Autista evolua satisfatoriamente, no que tange à sua comunicação geral, e em especial, para o desenvolvimento de sua linguagem receptiva e expressiva, oral, gestual e escrita, capacitando–o para compreender, realizar demandas e agir sobre o ambiente que cerca.
Entretanto, o profissional deve ser um profundo conhecedor do desenvolvimento normal infanto-juvenil e do desenvolvimento atípico do portador de autismo. Também deve ser capaz de diagnosticar, avaliar (porque é possível avaliar os autistas, sim, mesmo os não-verbais!), e planejar uma terapia individualizada e específica. Deve ser um profissional atualizado e consonante com a comunidade científica internacional, e nunca se deixar levar por achismos e idéias que não têm mais o respaldo científico (como as dos anos 60: mães geladeira, e dos anos 70: autismo = psicose!!!).
A terapia fonoaudiológica poderá ter como embasamento, o programa TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Communication handicapped Children), desenvolvido pelo departamento TEACCH da Universidade da Carolina do Norte, USA. Também poderá utilizar o recurso PECS (Picture Exchange Communication System), o ABA (Applied Behavior Analysis), e as técnicas de intervenção de Lovaas, sempre com vista ao treinamento e desenvolvimento da linguagem e da comunicação.
A intervenção precoce e continuada do fonoaudiólogo nos Distúrbios do Desenvolvimento, é fundamental para que o quadro clínico apresentado pelos indivíduos portadores do Transtorno Autista evolua satisfatoriamente, no que tange à sua comunicação geral, e em especial, para o desenvolvimento de sua linguagem receptiva e expressiva, oral, gestual e escrita, capacitando–o para compreender, realizar demandas e agir sobre o ambiente que cerca.
Entretanto, o profissional deve ser um profundo conhecedor do desenvolvimento normal infanto-juvenil e do desenvolvimento atípico do portador de autismo. Também deve ser capaz de diagnosticar, avaliar (porque é possível avaliar os autistas, sim, mesmo os não-verbais!), e planejar uma terapia individualizada e específica. Deve ser um profissional atualizado e consonante com a comunidade científica internacional, e nunca se deixar levar por achismos e idéias que não têm mais o respaldo científico (como as dos anos 60: mães geladeira, e dos anos 70: autismo = psicose!!!).
A terapia fonoaudiológica poderá ter como embasamento, o programa TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Communication handicapped Children), desenvolvido pelo departamento TEACCH da Universidade da Carolina do Norte, USA. Também poderá utilizar o recurso PECS (Picture Exchange Communication System), o ABA (Applied Behavior Analysis), e as técnicas de intervenção de Lovaas, sempre com vista ao treinamento e desenvolvimento da linguagem e da comunicação.
Embora nenhum tratamento seja efetivo em normalizar a fala, os melhores resultados são conseguidos com o início da terapia na idade pré-escolar e que envolve a família junto com os profissionais. O mérito é conseguir que a criança utilize a comunicação funcional, ou seja, que a criança se faça entendida. Para uns a comunicação verbal é possível e alcançável. Para outros, a comunicação por gestos ou por utilização de símbolos ou figuras já é de grande valia. Avaliações periódicas devem ser feitas para encontrar as melhores abordagens e reestabelecer as metas de cada criança.
Estratégias para pais e cuidadores de crianças com Atraso no desenvolvimento da linguagem
· Aguardar, observar e ouvir tudo o que a criança tem para manifestar: gestos, vocalizações e olhares;
· Não atuar de forma diretiva e controladora, dando oportunidade para a criança manifestar seus desejos, interesses e necessidades;
· Fornecer oportunidades que favoreçam a comunicação e saber aguardar uma resposta;
· Usar linguagem compatível com as possibilidades de compreensão pela criança;
· Interpretar atos não intencionais como se fossem atos comunicativos intencionais;
· Não dar automaticamente as coisas para a criança: aguardar que ela tome iniciativa para solicitar os objetos;
· Conhecer as capacidades comunicativas típicas de cada criança e saber que é esse recurso que se pode contar no momento da interação com elas;
· Solicitar pouco de suas capacidades ou exigir acima do que ela pode responder significa possível quebra de interação por falta de sintonia entre os interlocutores;
· Garantir a proximidade física e o contato face a face: esta facilita o intercambio comunicativo;
· Imitar sistematicamente o que a criança faz é uma forma eficiente de chegar ao seu nível: é como sintonizar na mesma estação em que ela opera;
· Dar nome as coisas, de modo natural. Nomear sistematicamente objetos e ações aumenta a possibilidade de compreensão, assim como conduz ao uso de palavras novas;
· As situações do dia a dia devem ser adaptadas de modo que levem a criança a usar a linguagem como um meio privilegiado de ação;
· Criar pequenos problemas cujas soluções impliquem atos comunicativos, EX: dar a mamadeira vazia na hora de tomar o leite, apresentar uma caixa sem o conteúdo que habitualmente à criança encontra dentro dela e assim por diante. Aguardar as atitudes da criança para resolver situações como esta.
O QUE DEVE SER EVITADO
· Aguardar, observar e ouvir tudo o que a criança tem para manifestar: gestos, vocalizações e olhares;
· Não atuar de forma diretiva e controladora, dando oportunidade para a criança manifestar seus desejos, interesses e necessidades;
· Fornecer oportunidades que favoreçam a comunicação e saber aguardar uma resposta;
· Usar linguagem compatível com as possibilidades de compreensão pela criança;
· Interpretar atos não intencionais como se fossem atos comunicativos intencionais;
· Não dar automaticamente as coisas para a criança: aguardar que ela tome iniciativa para solicitar os objetos;
· Conhecer as capacidades comunicativas típicas de cada criança e saber que é esse recurso que se pode contar no momento da interação com elas;
· Solicitar pouco de suas capacidades ou exigir acima do que ela pode responder significa possível quebra de interação por falta de sintonia entre os interlocutores;
· Garantir a proximidade física e o contato face a face: esta facilita o intercambio comunicativo;
· Imitar sistematicamente o que a criança faz é uma forma eficiente de chegar ao seu nível: é como sintonizar na mesma estação em que ela opera;
· Dar nome as coisas, de modo natural. Nomear sistematicamente objetos e ações aumenta a possibilidade de compreensão, assim como conduz ao uso de palavras novas;
· As situações do dia a dia devem ser adaptadas de modo que levem a criança a usar a linguagem como um meio privilegiado de ação;
· Criar pequenos problemas cujas soluções impliquem atos comunicativos, EX: dar a mamadeira vazia na hora de tomar o leite, apresentar uma caixa sem o conteúdo que habitualmente à criança encontra dentro dela e assim por diante. Aguardar as atitudes da criança para resolver situações como esta.
O QUE DEVE SER EVITADO
· Tomar sistematicamente a iniciativa da comunicação;
· Ficar testando a capacidade das crianças com ordens e perguntas;
· Ficar dirigindo a ação da criança, dizendo como deve agir ou proceder;
· Interromper o silencio que corresponde ao tempo de espera que deve dar para que a criança tome a iniciativa da comunicação;
· Ficar falando no lugar da criança;
· Falar em excesso sem dar tempo para criança responder ao tomar a iniciatiiva
· Ficar testando a capacidade das crianças com ordens e perguntas;
· Ficar dirigindo a ação da criança, dizendo como deve agir ou proceder;
· Interromper o silencio que corresponde ao tempo de espera que deve dar para que a criança tome a iniciativa da comunicação;
· Ficar falando no lugar da criança;
· Falar em excesso sem dar tempo para criança responder ao tomar a iniciatiiva
(Cláudia Pietrobon)
Fonte: Desvendando o Autismo
Fonte: Desvendando o Autismo
Atividades Interativas
Esta página contém uma série de exemplos de atividades que podem ser criadas dentro do quarto de brincar / interagir do Programa Son-Rise® para auxiliar crianças e adultos com autismo a interagir e desenvolver suas habilidades sociais. As atividades abaixo estão divididas em duas partes, atividades com metas educacionais variadas e atividades com metas específicas da área da comunicação verbal. Recomendamos que a leitura das atividades siga a ordem apresentada nesta página:
Atividades Interativas Educacionais
Atividades Interativas para Desenvolver a Linguagem
ATIVIDADES INTERATIVAS EDUCACIONAIS
As atividades abaixo são exemplos de atividades interativas criadas dentro do quarto de brincar / interagir do Programa Son-Rise®. As atividades podem ser adaptadas para a faixa etária, interesses e estágio de desenvolvimento social de cada criança ou adulto com autismo. As metas educacionais de algumas atividades também podem ser modificadas de acordo com as necessidades de cada pessoa. Por exemplo, no Pega-Pega Surpresa, a meta apresentada é o aumento do contato visual, mas poderia ser também a comunicação verbal, e o facilitador então solicitaria que a criança, ao invés fazer contato visual através dos buracos do lençol, falasse uma palavra ou uma sentença para dar continuidade ao pega-pega, de acordo com o estágio de desenvolvimento da comunicação verbal da criança.
Identifique o estágio de desenvolvimento social da criança ou adulto com autismo (ver Modelo de Desenvolvimento do Programa Son-Rise) e elabore atividades divertidas e apropriadas às necessidades de cada pessoa.
1. Caça ao Quebra-Cabeça
2. Pega-Pega Surpresa
3. Pescando as Sentenças
4. O Incrível Repórter
5. A Conversa com os Dados
15 IDÉIAS DE ATIVIDADES PARA DESENVOLVER A LINGUAGEM
Os exemplos sugeridos abaixo para atividades interativas com o objetivo de desenvolver a comunicação verbal são apenas breves descrições das atividades. No Programa Son-Rise, os facilitadores procuram construir a interação e ajudar a pessoa com autismo a ficar altamente motivada por uma ação deste facilitador antes de solicitar algo dela. Por exemplo, o facilitador faz cócegas várias vezes na criança sem pedir nada para ela. Apenas quando a criança já está altamente motivada pelas cócegas e demonstra de alguma forma querer mais, o facilitador solicita algo que é um desafio para ela, como falar uma palavra isolada ou sentença, olhar nos olhos, fazer algum gesto ou performance física específica, etc.
No momento em que a pessoa está altamente motivada por uma ação do facilitador, ela tem a motivação como sua aliada para superar suas dificuldades e desenvolver habilidades. Ela supera suas dificuldades enquanto brinca! O prazer e a diversão na interação social levam a pessoa com autismo a querer interagir cada vez mais com outras pessoas e, conseqüentemente, aprender novas habilidades sociais. Investir na conexão amorosa e divertida com a pessoa com autismo beneficia o relacionamento e o aprendizado social. Divirta-se com as atividades!
1. Ofereça variações divertidas dentro de uma mesma motivação (interesse) para permitir a repetição de uma mesma palavra.
2. Pratique sons específicos da articulação de fala em uma canção.
3. Demonstre para a pessoa que quando ela diz a palavra inteira de forma clara ela consegue mais o que quer do que quando diz aproximações da palavra.
4. Seja o médico de língua! Concentre o foco nos movimentos da língua para auxiliar uma articulação de sons mais clara.
5. Combine várias das motivações da pessoa para que a atividade seja ainda mais atraente.
6. A pessoa dá as instruções para você achá-la no quarto e ganha o prêmio de “Melhor Instrutor”.
7. Crie sentenças ao oferecer variações em cima de uma mesma motivação, demonstrando para a pessoa que ela consegue exatamente o que quer quando utiliza sentenças mais longas.
8. Escreva uma sentença em uma cartolina e a cole com fita crepe no chão. Peça para a pessoa pisar em cima e dizer cada palavra da sentença para ganhar a ação motivadora ainda mais rápido.
9. Construa sentenças com blocos que caem no chão.
10. Pegue palavras para combiná-las em uma sentença e então dramatizar a ação de cada sentença.
11. Invente uma canção sobre um tópico que é do interesse da pessoa e peça para ela completar com palavras ou sentenças de forma a estimular sua comunicação verbal espontânea.
12. Invente uma história engraçada e até sem sentido para estimular a fala espontânea.
13. Estimule sentenças mais completas e espontâneas encorajando a pessoa a inventar histórias engraçadas.
14. A pessoa com autismo é o entrevistador de um programa de rádio! Encoraje a conversação através da dramatização de vários personagens.
15. Jogue “Boliche de Conversa” para praticar a habilidade de alternar a vez de falar sobre um assunto.
As atividades abaixo são exemplos de atividades interativas criadas dentro do quarto de brincar / interagir do Programa Son-Rise®. As atividades podem ser adaptadas para a faixa etária, interesses e estágio de desenvolvimento social de cada criança ou adulto com autismo. As metas educacionais de algumas atividades também podem ser modificadas de acordo com as necessidades de cada pessoa. Por exemplo, no Pega-Pega Surpresa, a meta apresentada é o aumento do contato visual, mas poderia ser também a comunicação verbal, e o facilitador então solicitaria que a criança, ao invés fazer contato visual através dos buracos do lençol, falasse uma palavra ou uma sentença para dar continuidade ao pega-pega, de acordo com o estágio de desenvolvimento da comunicação verbal da criança.
Identifique o estágio de desenvolvimento social da criança ou adulto com autismo (ver Modelo de Desenvolvimento do Programa Son-Rise) e elabore atividades divertidas e apropriadas às necessidades de cada pessoa.
Meta: Inspirar um aumento do intervalo de atenção compartilhada.
Motivações / Interesses: Figuras, quebra-cabeças e passeios no colo ou de cavalinho.
Preparação: Imprima da internet ou desenhe uma versão grande de um dos personagens favoritos da criança (Barney, um dos Backyardigans, Mickey, etc.). Plastifique com papel contact (para tornar o material mais durável) e corte e pedaços para fazer um quebra-cabeça. Quando você entrar no quarto, coloque as peças do quebra-cabeça em alguns pontos da prateleira.
Início da Atividade: Quando a criança oferecer a você um “Sinal Verde para Interação”*, apresente a atividade pegando uma ou duas peças da prateleira. Explique animadamente que figura será formada quando vocês pegarem todas as peças. Diga também que a maneira de pegar mais peças é ela subir no seu colo ou costas para vocês passearem juntos pelo quarto procurando cada peça. Se a criança não subir no seu colo imediatamente, procure convidá-la outras vezes quando ela oferecer Sinais Verdes até que ela suba no seu colo.
Construção da Interação – Aumentando o Nível de Motivação: Passeie pelo quarto com a criança em seu colo (ou costas) de formas divertidas. Pegue uma peça por vez e a leve até a mesa para adicioná-la ao quebra-cabeça. Demonstre para a criança como pode ser divertido observar a figura crescer e se tornar o personagem.
Solicitação: O objetivo aqui é prolongar a duração do intervalo de atenção compartilhada da criança, portanto a única coisa a se solicitar é que a criança suba novamente em suas costas para vocês irem pegar uma nova peça. Se a criança entrar em comportamento de isolamento e repetição antes de completar o quebra-cabeça, junte-se à criança fazendo o que ela estiver fazendo. Quando ela oferecer um novo Sinal Verde, convide-a para a atividade do quebra-cabeça novamente.
*Sinal Verde para Interação: Depois de um período de isolamento, a criança demonstrará estar disponível para uma interação social através de um “Sinal Verde”. Há 3 tipos de Sinais Verdes: Contato visual; Comunicação verbal; Contato físico.
Motivações / Interesses: Figuras, quebra-cabeças e passeios no colo ou de cavalinho.
Preparação: Imprima da internet ou desenhe uma versão grande de um dos personagens favoritos da criança (Barney, um dos Backyardigans, Mickey, etc.). Plastifique com papel contact (para tornar o material mais durável) e corte e pedaços para fazer um quebra-cabeça. Quando você entrar no quarto, coloque as peças do quebra-cabeça em alguns pontos da prateleira.
Início da Atividade: Quando a criança oferecer a você um “Sinal Verde para Interação”*, apresente a atividade pegando uma ou duas peças da prateleira. Explique animadamente que figura será formada quando vocês pegarem todas as peças. Diga também que a maneira de pegar mais peças é ela subir no seu colo ou costas para vocês passearem juntos pelo quarto procurando cada peça. Se a criança não subir no seu colo imediatamente, procure convidá-la outras vezes quando ela oferecer Sinais Verdes até que ela suba no seu colo.
Construção da Interação – Aumentando o Nível de Motivação: Passeie pelo quarto com a criança em seu colo (ou costas) de formas divertidas. Pegue uma peça por vez e a leve até a mesa para adicioná-la ao quebra-cabeça. Demonstre para a criança como pode ser divertido observar a figura crescer e se tornar o personagem.
Solicitação: O objetivo aqui é prolongar a duração do intervalo de atenção compartilhada da criança, portanto a única coisa a se solicitar é que a criança suba novamente em suas costas para vocês irem pegar uma nova peça. Se a criança entrar em comportamento de isolamento e repetição antes de completar o quebra-cabeça, junte-se à criança fazendo o que ela estiver fazendo. Quando ela oferecer um novo Sinal Verde, convide-a para a atividade do quebra-cabeça novamente.
*Sinal Verde para Interação: Depois de um período de isolamento, a criança demonstrará estar disponível para uma interação social através de um “Sinal Verde”. Há 3 tipos de Sinais Verdes: Contato visual; Comunicação verbal; Contato físico.
Meta: Estimular um maior contato visual (olho no olho).
Motivações / Interesses: Pega-pega ou cócegas; fantasias ou chapéus.
Preparação: Providencie uma sacola cheia de fantasias, chapéus, máscaras, asas, etc. Separe um pedaço grande de papelão ou um lençol que você possa pendurar no teto para funcionar como um biombo. Corte um ou dois buracos no papelão ou lençol no nível dos olhos da criança.
Início da Atividade: Quando a criança oferecer um Sinal Verde, apresente a atividade correndo atrás da criança de forma divertida. Adapte a atividade para incluir os interesses de sua criança. Por exemplo, se ela gosta de cócegas, corra atrás dela e faça cócegas no final.
Construção da Interação – Aumentando o Nível de Motivação: Se a criança demonstrar que quer que você corra e faça cócegas de novo, corra para trás do papel ou lençol e esconda-se enquanto veste um chapéu ou uma peruca. Apareça com a nova fantasia e corra atrás da criança. Repita esta rotina vestindo cada vez uma fantasia diferente. Você pode fingir ser um personagem diferente com cada fantasia. Cada personagem tem uma aparência, voz, jeito de falar, de correr e de fazer cócega diferente dos outros personagens. Isto trará variação, dinamismo e suspense à atividade, tornando-a ainda mais divertida para sua criança.
Solicitação: Quando você já tiver corrido com diferentes fantasias algumas vezes e a criança estiver altamente motivada para mais corridas suas, você pode começar a solicitar. Vá para trás do papelão ou lençol para trocar de fantasia e, antes de sair para mostrar a nova fantasia, coloque seus olhos no buraco do “biombo” e peça para a criança olhar para os seus olhos através do buraco. Assim que ela olhar, pule para fora do biombo e corra atrás dela. A cada vez que você se esconder atrás do biombo para trocar de fantasia, solicite que a criança olhe nos seus olhos através do buraco antes de você aparecer.
Motivações / Interesses: Pega-pega ou cócegas; fantasias ou chapéus.
Preparação: Providencie uma sacola cheia de fantasias, chapéus, máscaras, asas, etc. Separe um pedaço grande de papelão ou um lençol que você possa pendurar no teto para funcionar como um biombo. Corte um ou dois buracos no papelão ou lençol no nível dos olhos da criança.
Início da Atividade: Quando a criança oferecer um Sinal Verde, apresente a atividade correndo atrás da criança de forma divertida. Adapte a atividade para incluir os interesses de sua criança. Por exemplo, se ela gosta de cócegas, corra atrás dela e faça cócegas no final.
Construção da Interação – Aumentando o Nível de Motivação: Se a criança demonstrar que quer que você corra e faça cócegas de novo, corra para trás do papel ou lençol e esconda-se enquanto veste um chapéu ou uma peruca. Apareça com a nova fantasia e corra atrás da criança. Repita esta rotina vestindo cada vez uma fantasia diferente. Você pode fingir ser um personagem diferente com cada fantasia. Cada personagem tem uma aparência, voz, jeito de falar, de correr e de fazer cócega diferente dos outros personagens. Isto trará variação, dinamismo e suspense à atividade, tornando-a ainda mais divertida para sua criança.
Solicitação: Quando você já tiver corrido com diferentes fantasias algumas vezes e a criança estiver altamente motivada para mais corridas suas, você pode começar a solicitar. Vá para trás do papelão ou lençol para trocar de fantasia e, antes de sair para mostrar a nova fantasia, coloque seus olhos no buraco do “biombo” e peça para a criança olhar para os seus olhos através do buraco. Assim que ela olhar, pule para fora do biombo e corra atrás dela. A cada vez que você se esconder atrás do biombo para trocar de fantasia, solicite que a criança olhe nos seus olhos através do buraco antes de você aparecer.
Meta: Estimular a utilização de sentenças mais longas.
Motivações / Interesses: Atividades físicas (ex: passear de cavalinho, balançar, rodar, pular na bola grande, etc.)
Preparação: Em letras bem grandes, escreva as sentenças que descrevem atividades que você acredita que sua criança terá interesse em participar. Por exemplo: “Eu quero passear de cavalo”, “Eu quero balançar devagar”, “Eu quero pular na estrada de buracos”, “Eu quero voar de avião”, “Faça passeio de elefante”, “Faça passeio de espirro”! Seja criativo em relação aos tipos de passeios, balanços e pulos que você pode oferecer para a criança. Escreva quantas sentenças você conseguir inventar para ações que você vai oferecer. Plastifique as sentenças para que elas possam ser reutilizadas. Depois corte as sentenças em 3 partes para criar “piscinas” de palavras / frases. A 1ª piscina irá conter os inícios das sentenças (ex: “Eu quero”, “Faça”, etc). A 2ª piscina terá as ações motivadoras (ex: “o passeio”, “balançar”, etc.). A 3ª piscina terá as palavras descritivas da ação (ex: “de cavalo”, “de avião”, “de espirro”, “devagar”, etc.). Cole um clipe de metal em cada pedaço de papel. Improvise uma vara de pescar com um pequeno imã no fim da linha. Coloque as 3 piscinas (caixas, bacias) de categorias de palavras no quarto de brincar / interagir.
Início da Atividade: Quando sua criança oferecer um Sinal Verde, corra para a 2ª piscina (verbos, ações) e pesque você mesmo um pedaço de papel com uma palavra de ação. Leia a palavra para a criança e ofereça a ação correspondente (um passeio, balanço ou pulo).
Construção da Interação – Aumentando o Nível de Motivação: Agora pesque uma palavra da 2ª e uma da 3ª piscina, e leia a combinação para a criança (ex: “pulo de elefante”). Ofereça esta ação para a criança. Faça isto várias vezes até que sua criança esteja motivada o suficiente para vir ajudá-lo a pescar uma palavra de cada piscina.
Solicitação: Quando sua criança estiver bem motivada dentro da atividade, você pode pedir para que ela leia a sentença inteira ou para que repita depois de você. E você oferece a ação motivadora. Esta atividade pode evoluir para um momento em que a criança não precise mais das palavras por escrito para ajudá-la a elaborar uma sentença completa.
Motivações / Interesses: Atividades físicas (ex: passear de cavalinho, balançar, rodar, pular na bola grande, etc.)
Preparação: Em letras bem grandes, escreva as sentenças que descrevem atividades que você acredita que sua criança terá interesse em participar. Por exemplo: “Eu quero passear de cavalo”, “Eu quero balançar devagar”, “Eu quero pular na estrada de buracos”, “Eu quero voar de avião”, “Faça passeio de elefante”, “Faça passeio de espirro”! Seja criativo em relação aos tipos de passeios, balanços e pulos que você pode oferecer para a criança. Escreva quantas sentenças você conseguir inventar para ações que você vai oferecer. Plastifique as sentenças para que elas possam ser reutilizadas. Depois corte as sentenças em 3 partes para criar “piscinas” de palavras / frases. A 1ª piscina irá conter os inícios das sentenças (ex: “Eu quero”, “Faça”, etc). A 2ª piscina terá as ações motivadoras (ex: “o passeio”, “balançar”, etc.). A 3ª piscina terá as palavras descritivas da ação (ex: “de cavalo”, “de avião”, “de espirro”, “devagar”, etc.). Cole um clipe de metal em cada pedaço de papel. Improvise uma vara de pescar com um pequeno imã no fim da linha. Coloque as 3 piscinas (caixas, bacias) de categorias de palavras no quarto de brincar / interagir.
Início da Atividade: Quando sua criança oferecer um Sinal Verde, corra para a 2ª piscina (verbos, ações) e pesque você mesmo um pedaço de papel com uma palavra de ação. Leia a palavra para a criança e ofereça a ação correspondente (um passeio, balanço ou pulo).
Construção da Interação – Aumentando o Nível de Motivação: Agora pesque uma palavra da 2ª e uma da 3ª piscina, e leia a combinação para a criança (ex: “pulo de elefante”). Ofereça esta ação para a criança. Faça isto várias vezes até que sua criança esteja motivada o suficiente para vir ajudá-lo a pescar uma palavra de cada piscina.
Solicitação: Quando sua criança estiver bem motivada dentro da atividade, você pode pedir para que ela leia a sentença inteira ou para que repita depois de você. E você oferece a ação motivadora. Esta atividade pode evoluir para um momento em que a criança não precise mais das palavras por escrito para ajudá-la a elaborar uma sentença completa.
Meta: Inspirar um maior interesse em outras pessoas.
Motivações /Interesses: Jogo imaginativo, troféus, prêmios, medalhas.
Preparação: Separe para o quarto todos os brinquedos e objetos que se encaixem em uma temática de expedições / safáris (ex: binóculos, telefone velho, chapéus, cordas, mochilas, comidas de plástico, figuras de animais, etc.). Faça um mapa do território que vocês irão explorar na expedição. Faça um “Caderninho de Notas do Repórter” com perguntas que você escreveu para a criança utilizar. Estas serão perguntas que a criança fará para você quando você estiver fingindo ser personagens diversos (ex: “O que você mais gosta da vida na savana africana?”)
Início da Atividade: Mostre o mapa para a criança de maneira muito animada e explique que um “jornal” local quer que vocês façam uma reportagem sobre animais exóticos, dinossauros, alienígenas, pessoas (o que quer que você acredite que seria mais interessante para a criança) que vivem naquele local do mapa. Inicie a atividade oferecendo à criança uma maneira simples e física de participar, por exemplo, segurar o mapa, dirigir o jipe, procurar girafas através dos binóculos, etc. Avise para a criança que quando ela voltar para a redação do jornal com a reportagem ela receberá uma medalha ou troféu do mais “Incrível Repórter”.
Construção da Interação – Aumentando o Nível de Motivação: Enquanto vocês viajam pelo território que vocês criaram, utilize os seus 3E’s* para ajudar sua criança a ficar ainda mais motivada pela atividade. Finja ser um dos animais (ou alienígenas, etc.) e se apresente à criança. Agindo como o personagem, conte animadamente sobre você, respondendo a todas as perguntas que estão escritas no “Caderninho de Notas do Repórter” sem que a criança precise fazer as perguntas.
Solicitação: Quando a criança estiver altamente envolvida na atividade, comece a pedir para ela fazer o papel do repórter mais ativamente. Estimule a criança a perguntar para você as perguntas escritas no caderno enquanto você finge ser os vários personagens que vocês encontram pelo caminho. Depois de fazer isto com alguns personagens, diga para a criança que o repórter que provavelmente ganhará o prêmio de “Incrível Repórter” será aquele que inventar novas perguntas para fazer. Encoraje a criança a fazer perguntas que não estão escritas no caderno.
* 3E’s: Uma técnica fundamental do Programa Son-Rise. Os 3E’s são Energia, Entusiasmo e Empolgação.
Motivações /Interesses: Jogo imaginativo, troféus, prêmios, medalhas.
Preparação: Separe para o quarto todos os brinquedos e objetos que se encaixem em uma temática de expedições / safáris (ex: binóculos, telefone velho, chapéus, cordas, mochilas, comidas de plástico, figuras de animais, etc.). Faça um mapa do território que vocês irão explorar na expedição. Faça um “Caderninho de Notas do Repórter” com perguntas que você escreveu para a criança utilizar. Estas serão perguntas que a criança fará para você quando você estiver fingindo ser personagens diversos (ex: “O que você mais gosta da vida na savana africana?”)
Início da Atividade: Mostre o mapa para a criança de maneira muito animada e explique que um “jornal” local quer que vocês façam uma reportagem sobre animais exóticos, dinossauros, alienígenas, pessoas (o que quer que você acredite que seria mais interessante para a criança) que vivem naquele local do mapa. Inicie a atividade oferecendo à criança uma maneira simples e física de participar, por exemplo, segurar o mapa, dirigir o jipe, procurar girafas através dos binóculos, etc. Avise para a criança que quando ela voltar para a redação do jornal com a reportagem ela receberá uma medalha ou troféu do mais “Incrível Repórter”.
Construção da Interação – Aumentando o Nível de Motivação: Enquanto vocês viajam pelo território que vocês criaram, utilize os seus 3E’s* para ajudar sua criança a ficar ainda mais motivada pela atividade. Finja ser um dos animais (ou alienígenas, etc.) e se apresente à criança. Agindo como o personagem, conte animadamente sobre você, respondendo a todas as perguntas que estão escritas no “Caderninho de Notas do Repórter” sem que a criança precise fazer as perguntas.
Solicitação: Quando a criança estiver altamente envolvida na atividade, comece a pedir para ela fazer o papel do repórter mais ativamente. Estimule a criança a perguntar para você as perguntas escritas no caderno enquanto você finge ser os vários personagens que vocês encontram pelo caminho. Depois de fazer isto com alguns personagens, diga para a criança que o repórter que provavelmente ganhará o prêmio de “Incrível Repórter” será aquele que inventar novas perguntas para fazer. Encoraje a criança a fazer perguntas que não estão escritas no caderno.
* 3E’s: Uma técnica fundamental do Programa Son-Rise. Os 3E’s são Energia, Entusiasmo e Empolgação.
Meta: Conversação com conteúdo social.
Motivação / Interesses: O assunto que sua criança goste de conversar (ex: carros, etc.).
Preparação: Faça dois dados gigantes (caixas quadradas embaladas em papel). Um dado será o dado das “situações”, cada face terá uma situação diferente relacionada com a área de interesse de sua criança (ex: o carro quebrando, comprando um novo carro, etc.). No outro dado, escreva em cada face nomes de pessoas que sua criança conhece (ex: membros da família, voluntários do programa, o seu nome e o nome da criança).
Início da Atividade: Explique para a criança a atividade. Neste jogo, cada um tem a sua vez para jogar ambos os dados ao mesmo tempo. A combinação entre a situação e o nome da pessoa dita então o tópico da conversa. A idéia é conversar sobre como aquela pessoa específica agiria naquela determinada situação. Queremos encorajar conversas que tenham o foco em informações pessoais ao invés de informações factuais. Se você jogar os dados e obtiver a mesma combinação uma segunda vez, jogue o dado dos nomes novamente até que você tenha um nome diferente como tópico da conversa.
Construção da Interação – Aumentando o Nível de Motivação: Você joga os dados primeiro e então descreve como você acha que aquela pessoa agiria naquela determinada situação. Descreva a situação de forma animada, divertida, e bem detalhada, como se estivesse pintando um quadro da cena. Procure adicionar na sua descrição vários interesses da criança. Por exemplo, se a criança gosta de humor tipo “pastelão”, inclua na história pessoas escorregando ou deixando coisas cair, etc. Estimule a criança a ter a vez dela. Auxilie a criança a contar a história o quanto você achar necessário, e celebre quaisquer idéias ela oferecer. Continue alternando a vez entre os jogadores.
Solicitação: Quando a criança entender bem o mecanismo do jogo e estiver altamente motivada, comece a introduzir desafios maiores. Ofereça menos auxílio, fique em silêncio e espere que a criança ofereça mais idéias espontaneamente. Se a criança oferecer uma descrição apenas factual do que poderia acontecer naquela situação, ou uma descrição geral não relacionada à pessoa em questão, celebre esta descrição e solicite que ela traga elementos mais específicos para aquela história tendo em mente como aquela pessoa em particular agiria naquele contexto. Se necessário, ofereça algumas dicas relativas à personalidade daquela pessoa específica (ex: “Você se lembra como o Beto gosta de conversar o tempo todo? O que você acha que ele faria se o carro dele quebrasse?”).
(Direitos autorais reservados ao The Option Institute and Fellowship, site www.autismtreatmentcenter.org)
Motivação / Interesses: O assunto que sua criança goste de conversar (ex: carros, etc.).
Preparação: Faça dois dados gigantes (caixas quadradas embaladas em papel). Um dado será o dado das “situações”, cada face terá uma situação diferente relacionada com a área de interesse de sua criança (ex: o carro quebrando, comprando um novo carro, etc.). No outro dado, escreva em cada face nomes de pessoas que sua criança conhece (ex: membros da família, voluntários do programa, o seu nome e o nome da criança).
Início da Atividade: Explique para a criança a atividade. Neste jogo, cada um tem a sua vez para jogar ambos os dados ao mesmo tempo. A combinação entre a situação e o nome da pessoa dita então o tópico da conversa. A idéia é conversar sobre como aquela pessoa específica agiria naquela determinada situação. Queremos encorajar conversas que tenham o foco em informações pessoais ao invés de informações factuais. Se você jogar os dados e obtiver a mesma combinação uma segunda vez, jogue o dado dos nomes novamente até que você tenha um nome diferente como tópico da conversa.
Construção da Interação – Aumentando o Nível de Motivação: Você joga os dados primeiro e então descreve como você acha que aquela pessoa agiria naquela determinada situação. Descreva a situação de forma animada, divertida, e bem detalhada, como se estivesse pintando um quadro da cena. Procure adicionar na sua descrição vários interesses da criança. Por exemplo, se a criança gosta de humor tipo “pastelão”, inclua na história pessoas escorregando ou deixando coisas cair, etc. Estimule a criança a ter a vez dela. Auxilie a criança a contar a história o quanto você achar necessário, e celebre quaisquer idéias ela oferecer. Continue alternando a vez entre os jogadores.
Solicitação: Quando a criança entender bem o mecanismo do jogo e estiver altamente motivada, comece a introduzir desafios maiores. Ofereça menos auxílio, fique em silêncio e espere que a criança ofereça mais idéias espontaneamente. Se a criança oferecer uma descrição apenas factual do que poderia acontecer naquela situação, ou uma descrição geral não relacionada à pessoa em questão, celebre esta descrição e solicite que ela traga elementos mais específicos para aquela história tendo em mente como aquela pessoa em particular agiria naquele contexto. Se necessário, ofereça algumas dicas relativas à personalidade daquela pessoa específica (ex: “Você se lembra como o Beto gosta de conversar o tempo todo? O que você acha que ele faria se o carro dele quebrasse?”).
(Direitos autorais reservados ao The Option Institute and Fellowship, site www.autismtreatmentcenter.org)
Os exemplos sugeridos abaixo para atividades interativas com o objetivo de desenvolver a comunicação verbal são apenas breves descrições das atividades. No Programa Son-Rise, os facilitadores procuram construir a interação e ajudar a pessoa com autismo a ficar altamente motivada por uma ação deste facilitador antes de solicitar algo dela. Por exemplo, o facilitador faz cócegas várias vezes na criança sem pedir nada para ela. Apenas quando a criança já está altamente motivada pelas cócegas e demonstra de alguma forma querer mais, o facilitador solicita algo que é um desafio para ela, como falar uma palavra isolada ou sentença, olhar nos olhos, fazer algum gesto ou performance física específica, etc.
No momento em que a pessoa está altamente motivada por uma ação do facilitador, ela tem a motivação como sua aliada para superar suas dificuldades e desenvolver habilidades. Ela supera suas dificuldades enquanto brinca! O prazer e a diversão na interação social levam a pessoa com autismo a querer interagir cada vez mais com outras pessoas e, conseqüentemente, aprender novas habilidades sociais. Investir na conexão amorosa e divertida com a pessoa com autismo beneficia o relacionamento e o aprendizado social. Divirta-se com as atividades!
1. Ofereça variações divertidas dentro de uma mesma motivação (interesse) para permitir a repetição de uma mesma palavra.
Por exemplo: Torne-se uma “Máquina de Apertar”. Modele a palavra “apertar” para a pessoa, pendure um papel com a palavra “apertar” na sua camiseta, ofereça várias formas de apertar a pessoa (massagem) e, quando ela estiver altamente motivada, peça para ela falar a palavra “apertar” para a “Máquina de Apertar” funcionar. Utilizando o mesmo princípio, você pode criar uma atividade onde você é a “Máquina de Comer” (que vai “comendo o pé ou mão” da pessoa) e a palavra que a pessoa fala é “comer”. Você também pode ser a “Caixa de Música”, e a pessoa fala a palavra “música” para você começar a tocar instrumentos ou cantar.
2. Pratique sons específicos da articulação de fala em uma canção.
Por exemplo: Se a pessoa gosta da canção “Seu Lobato Tinha um Sítio”, adapte os versos para incluir sons de fala que a pessoa tem dificuldade para articular. Você pode cantar “Era ‘t-t-t’ prá cá, era ‘t-t-t’ prá lá, ia ia iou” se a pessoa tiver dificuldade em pronunciar o “T”. Você canta e convida a pessoa para cantar com você.
3. Demonstre para a pessoa que quando ela diz a palavra inteira de forma clara ela consegue mais o que quer do que quando diz aproximações da palavra.
Por exemplo: Se a pessoa tende a omitir as consoantes iniciais das palavras, prenda um papel com a letra “C” na sua mão direita e as letras “ócega” na sua mão esquerda. Se a pessoa disser “ócega”, faça cócegas nela com a mão esquerda. Quando ela disser a palavra toda, ofereça cócegas com suas duas mãos. Você pode criar o mesmo tipo de atividade com palavras como “massagem”, “carinho”, etc.
4. Seja o médico de língua! Concentre o foco nos movimentos da língua para auxiliar uma articulação de sons mais clara.
Por exemplo: Providencie um conjunto de fantoches e bonecos de pelúcia que abrem a boca. Você poderia até colar línguas de papel ou tecido em cada boca. Cada boneco tem uma dificuldade específica no movimento da língua. Peça para a pessoa com autismo para ajudar você a examinar a boca de cada boneco com um daqueles palitos (ou com a própria mão). Prescreva vários movimentos de língua para cada boneco. Depois de examinar todos os bonecos, faça com que um dos bonecos examine a pessoa com autismo e prescreva para ela um exercício específico de língua. Se a pessoa quiser, ela pode examinar você também!
5. Combine várias das motivações da pessoa para que a atividade seja ainda mais atraente.
Por exemplo: Faça um cartaz com a palavra “Música” e outro com a palavra “Correr” ou “Pegar”. Modele a brincadeira jogando uma almofada em um cartaz. Jogue na palavra “Música” e comece a tocar um instrumento ou cantar. Jogue na palavra “Pegar” e saia correndo em direção à pessoa para um “pega-pega”. Quando a pessoa estiver altamente motivada por “música” ou “pegar”, peça para ela dizer a palavra correspondente à ação que deseja.
6. A pessoa dá as instruções para você achá-la no quarto e ganha o prêmio de “Melhor Instrutor”.
Por exemplo: Entre no quarto com um grande chapéu na cabeça e anuncie que a pessoa acaba de ganhar um prêmio muito especial. Quando você estiver prestes a entregar o prêmio para ela, faça com que o seu chapéu cubra os seus olhos e estimule a pessoa a ajudar você a chegar até ela sem conseguir enxergar. No início, ela pode utilizar comandos simples como “para frente” e “para trás”. Depois de um tempo, você pode se colocar atrás de obstáculos para encorajá-la a dizer “Passe por cima do banco”, ou “Pule sobre a almofada”.
7. Crie sentenças ao oferecer variações em cima de uma mesma motivação, demonstrando para a pessoa que ela consegue exatamente o que quer quando utiliza sentenças mais longas.
Por exemplo: Crie um cartaz com a silhueta de um corpo. Nomeie cada parte do corpo com um cartão removível. Na parte de cima do cartaz, escreva “Colorir ______”. Peça para a pessoa pegar o cartão que corresponde à parte do corpo que ela quer que seja colorida e que o coloque no espaço para completar a sentença. Quando ela estiver altamente motivada, estimule a pessoa a dizer a sentença completa. Se ela disser apenas “colorir”, responda colorindo algo fora do corpo. Se ela disser apenas “perna”, responda balançando a sua própria perna. A idéia é incentivar a pessoa a dizer “colorir perna” ou “colorir a perna” para você “entender” e colorir a perna no corpo do cartaz.
8. Escreva uma sentença em uma cartolina e a cole com fita crepe no chão. Peça para a pessoa pisar em cima e dizer cada palavra da sentença para ganhar a ação motivadora ainda mais rápido.
Por exemplo: A sentença pode ser “Eu quero uma canção”. Quando a pessoa terminar de falar a sentença, imediatamente comece a cantar a canção favorita da pessoa. Quando você terminar aquela canção, peça para a pessoa falar a sentença de novo e, quando ela completar a sentença, cante uma outra canção.
9. Construa sentenças com blocos que caem no chão.
Por exemplo: Providencie blocos bem grandes (como tijolos de papel ou espuma, ou até caixas de sapato). Cole em cada bloco uma palavra da sentença “Eu quero que os blocos caiam”. Comece a construir uma torre com o bloco que tem a palavra “Eu” no chão. Continue a construir a torre e a sentença assim por diante. Quando a pessoa disser a sentença completa, faça com que a torre desabe de forma divertida.
10. Pegue palavras para combiná-las em uma sentença e então dramatizar a ação de cada sentença.
Por exemplo: Monte um trilho de trem em volta do quarto e a cada estação ofereça para a pessoa um série de opções de cartões com uma palavra em cada um. Peça para a pessoa escolher uma das palavras e colocar o cartão como carga no trem. Quando o trem chegar ao fim da linha e tiver algumas palavras nele, ajude a pessoa a combinar as palavras e criar uma sentença para falar. Depois de criada a sentença, você dramatiza a cena correspondente. Por exemplo, a sentença é “O macaco pula na floresta” e você pula pelo quarto dançando e cantando como um macaco.
11. Invente uma canção sobre um tópico que é do interesse da pessoa e peça para ela completar com palavras ou sentenças de forma a estimular sua comunicação verbal espontânea.
Por exemplo: Invente uma canção sobre a Barbie viajando pelo mundo. Você pode utilizar a melodia de uma canção conhecida e modificar a letra. Quando a pessoa estiver altamente motivada, experimente deixar “espaços” em silêncio para ver se ela completa com alguma palavra espontânea.
12. Invente uma história engraçada e até sem sentido para estimular a fala espontânea.
Por exemplo: Faça uma pilha de cartões com uma palavra em cada um, palavras relacionadas aos interesses da pessoa. Inclua cartões que contenham apenas um ponto de interrogação. Escreva então uma história com a pessoa em uma cartolina. Escreva meia sentença e faça uma pausa. Pegue um cartão e use a palavra para completar a sentença. Se você pegar um ponto de interrogação, você ou a pessoa podem inventar qualquer palavra para escrever naquele ponto da história. Quanto mais engraçada e sem sentido a história melhor!
13. Estimule sentenças mais completas e espontâneas encorajando a pessoa a inventar histórias engraçadas.
Por exemplo: Faça duas pilhas de cartões. Uma pilha contém figuras de pessoas fazendo diferentes ações. A outra pilha contém figuras de diversos objetos. Comece pegando um cartão de cada pilha e crie uma sentença que associe uma palavra com a outra. Por exemplo, você pega um cartão de um homem cortando a grama e outro de uma escova de cabelo. Você poderia então dizer “O Beto esqueceu que ele tinha uma máquina de cortar grama e usou a escova de cabelo para cortar a grama do jardim”. Convide a pessoa para fazer uma sentença na vez dela.
14. A pessoa com autismo é o entrevistador de um programa de rádio! Encoraje a conversação através da dramatização de vários personagens.
Por exemplo: Traga um gravador para o quarto e represente os diversos personagens que serão entrevistados pela pessoa. Você pode representar o elenco de um filme ou livro favorito. Estimule a pessoa a entrevistá-lo por 3 minutos. Se ela mudar o assunto, pare de gravar e a estimule a voltar para o assunto da entrevista.
15. Jogue “Boliche de Conversa” para praticar a habilidade de alternar a vez de falar sobre um assunto.
Por exemplo: No fundo de cada pino de boliche está escrito um tópico para conversa (ex: férias, o mar, seu melhor amigo, etc.). A cada vez que você derrubar os pinos, escolha um deles e fale sobre o respectivo tema por 1 minuto. Você pode utilizar um cronômetro durante a atividade.
Fonte: Inspirados pelo Autismo
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