"Não devemos permitir que uma só criança fique em sua situação atual sem desenvolvê-la até onde seu funcionamento nos permite descobrir que é capaz de chegar. Os cromossomos não têm a última palavra". (Reuven Feuerstein)

sábado, 11 de agosto de 2012

Limites


A maior dificuldade dos pais atualmente é saber colocar limites para os filhos. A criança bem pequena, de 0 a 2 anos e meio, não tem noção de perigo, não tem controle dos impulsos, quer tudo na hora e da forma que quer. Então cabe aos pais colocar os limites para ela. Dependendo da idade da criança, você tem de falar ‘Você vai fazer isso porque eu sei que é bom. A partir do momento que a criança vai e o adulto mostra segurança, ela se adapta muito bem à situação.


-Pode morder e arrancar os cabelos do amiguinho só porque ele pegou seu brinquedo favorito? Não, é claro. 

-Pode dar vontade de entupir o vaso sanitário da escola com papel higiênico? Não, não pode. 

-Pode dar vontade de jogar uma mesa do segundo andar de um prédio, só para ver o que acontece com o chão, lá embaixo? Não, não pode. 

-Pode dar vontade de pichar as paredes branquinhas do prédio novo lá da praça? Não, não pode não. 

-Pode dar vontade de dirigir, depois de beber duas doses de uísque? Não, não pode. 

-Pode dar vontade de correr como o vento na nova bicicleta de vinte marchas e nem ao menos reduzir um pouco, ao vislumbrar uma velhinha atravessando a pista? Não, mas acontece... e a cada dia mais... 

-Pode dar vontade de pegar aquela bolsa lindinha e nova que a amiga comprou e levar para você? Também não pode não. 

-Pode fingir que não percebeu que a conta do restaurante veio totalizada a menos e não falar nada? Não, não e não! 

-Pode dar uma facada na namorada que o deixou por outro? Jamais! Porém acontece! 

-Pode dar vontade de jogar álcool no mendigo e atear fogo, só de brincadeirinha? Não, não pode. 

Mas só vai responder "não, não pode não" quem desde pequenino tiver aprendido que muitas coisas podem, e muitas outras não podem e não devem ser feitas, mesmo que dêem muita vontade ou prazer. E tudo bem. 

Somos felizes assim, respeitando e tendo algumas regras básicas na vida. Especialmente se aprendemos a amar o outro e não apenas a nós próprios. 

E, nós, os pais, queremos muito ver nossos filhos crescendo no rumo da felicidade, não queremos? Então temos de ajudá-los nisso. Porque ninguém, ao vir ao mundo, sabe o que é certo e o que é errado. O ser humano, ao nascer, não tem ainda uma ética definida. E somos nós, especialmente nós, os pais, que temos esta tarefa fundamental e espetacular - passar para as novas gerações esses conceitos tão importantes e que conferem ao homem sua humanidade.

DICAS IMPORTANTES
-Crie uma relação de amizade e confiança com ele.
-Estabeleça claramente os limites.
-Incentive manifestações de afeto, segurança, senso de responsabilidade e de cooperação.
-Nunca grite, brigue ou discrimine
-Conte histórias sobre amizade, amor e relações tranqüilas.
-Converse com o seu filho sobre o que é certo e o que é errado e combine regras de boa convivência.
-Jamais incentive crianças a responder a atos agressivos com violência.
-Recompense as boas condutas.(elogie,beijos,abraços,um pirulito,um bombom,ou uma figurinha,ou um passeio.



Dica : Escovando os dentes de seu filho com espectro autista


Algumas crianças com espectro autista (TEA) tem uma hipersensibilidade oral o que pode ser angustiante e estressante a escovação dos dentes.


- Respeite o tempo que seu filho para escovação dos dentes, aumente esse tempo aos poucos gradativamente, acredite que ele pode aumentar sua capacidade e suas habilidades desempenho ocupacional. 
- trabalhar  ANTECIPAÇÃO e compreensão das situações através de recursos visuais (foto da criança escovando os dentes, etapas da escovação, ou através de recursos auditivos frases curtas e simples) .Outra dica organização do tempo( planejamento e sequência de ações). Por exemplo depois do almoço (uso de imagem visual) "o que vai fazer?" escovar os dentes (outra imagem visual),todos os dias.
- Deixe que ele assista você escovando os dentes, muitas crianças nunca viram os pais com a escova na boca e não entendem porque tem que escovar. Coloque uma escova na mão dele e fique com a outra. Fácil, não é? Eu sei que não é fácil mas precisa tentar, tentar e tentar. 
- Brinque de escovar, cante, comemore, bata palmas. (Reforço positivo) 

-Pode fazer isso sentado no chão em frente a um espelho ou na cadeira 

- Divida a escovação em 4 momentos : cada lado de uma vez, direito, esquerdo, superior e inferior. Dessa maneira ele e você não ficarão tão estressados. É simples, se ele agüenta ficar com a escova na boca por 3 segundos, então escove bem apenas 1 dente e em outro momento aproveite aqueles 3 segundos para escovar muito bem um outro dente e assim sucessivamente. Pode acreditar que aos poucos ele irá acostumar com o processo e esse tempo de escovação vai aumentar. Não tenha pressa, cada criança tem um ritmo, o que  importa é escovar. 

- Escove o brinquedo ou personagem que ele mais gosta. Evite várias informações sensoriais.Neste situação, apenas um brinquedo e a escova de dente para evitar distração. 
- Use escova macia ou em alguns casos vibratórias (depende da criança), faça movimentos circulares e sempre pasta sem flúor.
 
 a visita ao dentista tem que fazer parte da rotina de seu filho
- Não Force . Evitar comportamento estresse, angustia e agressividade. 

 Fonte : Dicas retiradas do Blog da Dentista Adriana Zink, especialista em pacientes com necessidades especiais e dedicada ao estudo e condicionamento do paciente autista ao tratamento odontológico .



Crianças inquietas ou hiperativas?


Muitas pessoas apresentam dúvidas em relação a seguinte questão: qual a diferença entre a agitação natural das crianças e o transtorno de déficit de atenção?

Sintomas de desatenção e hiperatividade podem ser considerados normais em crianças que acabaram de passar situações de estresse emocional ou conflitos familiares. Nesses casos, em geral as manifestações são passageiras. O que os diferencia do transtorno de déficit de atenção é a duração do problema.
Assim, deve-se ficar atento e verificar se a “inquietude” é insistente – mais de cinco ou seis meses. Isso pode ser sinal de que a desatenção é provocada não por questões pontuais, mas por distúrbios mais profundos.

Principais Sintomas
Desatenção
 
* Dificuldade em prestar atenção a detalhes ou errar por descuido em atividades escolares e profissionais;
* Dificuldade em manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas;
* Parecer não escutar quando lhe dirigem a palavra;
* Não seguir instruções e não terminar tarefas escolares, domésticas ou deveres profissionais;
* Dificuldade em organizar tarefas e atividades;
* Evitar, ou relutar, em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante;
* Perder coisas necessárias para tarefas ou atividades;
* Ser facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa;
* Apresentar esquecimentos em atividades diárias.
Hiperatividade
* Agitar as mãos, os pés ou se mexer na cadeira;
* Abandonar a cadeira em sala de aula ou em outras situações nas quais se espera que permaneça sentado;
* Correr ou escalar em demasia em situações nas quais isto e inapropriado;
* Dificuldade de brincar ou envolver-se silenciosamente em atividades de lazer;
* Estar freqüentemente "a mil" ou muitas vezes agir como se estivesse "a todo vapor";
* Falar em demasia.
Impulsividade
 
* Freqüentemente dar respostas precipitadas antes das perguntas terem sido concluídas;
* Apresentar constante dificuldade em esperar sua vez;
* Freqüentemente interromper ou se meter em assuntos de outros

O comportamento hiperativo interfere na vida familiar, escolar e social da criança. As crianças hiperativas têm dificuldade em prestar atenção e aprender. Como são incapazes de filtrar estímulos, são facilmente distraídas. Essas crianças podem falar muito, alto demais e em momentos inoportunos. As crianças hiperativas estão sempre em movimento, sempre fazendo algo e são incapazes de ficar quietas. São impulsivas. Não param para olhar ou ouvir. Devido à sua energia, curiosidade e necessidade de explorar surpreendentes e aparentemente infinitas, são propensas a se machucar e a quebrar e danificar coisas. As crianças hiperativas toleram pouco as frustrações. Elas discutem com os pais, professores, adultos e amigos. Fazem birras e seu humor flutua rapidamente. Essas crianças também tendem a ser muito agarradas às pessoas. Precisam de muita atenção e tranqüilização. É importante para os pais perceberem que as crianças hiperativas entenderam as regras, instruções e expectativas sociais. O problema é que elas têm dificuldade em obedecê-las. Esses comportamentos são acidentais e não propositais.

Dicas:
Se a escola levantou um problema, ele deve ser levado para um profissional competente que irá orientar a família no melhor caminho a seguir. O primeiro passo, em casos assim, é fazer um diagnóstico cuidadoso, onde se verificará o comportamento da criança em várias situações. Sempre considerando as várias possibilidades do que pode estar ocorrendo com ela.
Se ela apresentar Transtorno Déficit atenção e hiperatividade é muito importante, se for o caso, que ela use a medicação com a prescrição e o acompanhamento de um médico.
Caso não tenha o transtorno, outras questões podem surgir de modo a permitir entender o quadro e ajudar a criança do melhor modo possível. O importante é que ela seja ajudada em suas reais dificuldades. Só assim ela se sentirá compreendida. O que já será de grande ajuda.
Experimente atribuir uma tarefa pequena e rápida e insista delicadamente para que seja concluída. Em seguida, não deixe de agradecer e elogiar seu filho quando a tarefa tiver sido concluída.
Faça com que a criança participe de projetos que ela goste para ajudá-la a concentrar-se. Aprender a concentrar-se alterará sua resposta ao mundo, gradativamente. Lembre-se sempre de que, além de ter um desequilíbrio do sistema nervoso que transforma em tortura o simples ato de permanecer sentado, a criança hiperativa e inteligente entedia-se facilmente. Coopere com seu filho para ajudá-lo a realmente concluir um projeto. Concluir um projeto oferecerá uma idéia de competência e maior auto-estima. O domínio e conclusão de uma tarefa requer elogio.

Como pensa e se sente uma criança com Autismo de Alto Funcionamento


- Eu posso estar concentrado nos meus pensamentos e não ouvir alguém chamar ou falar comigo
- Um determinado sabor pode ser ótimo para toda a gente, e para mim ser de vômito 
- O mesmo acontece com alguns cheiros. O melhor perfume do mundo pode fazer-me sentir a sufocar. O cheiro do tabaco pode ser completamente insuportável. 
- Às vezes os ruídos são para mim ensurdecedores e eu tenho de tapar os ouvidos ou fugir. 
- Eu tenho determinados rituais ou "manias", que tenho de seguir escrupulosamente, para ficar calmo e relaxado. Mas às vezes fico frustrado pois ocupam-me muito tempo.
- Às vezes fico assustado se vejo muitas pessoas à minha volta ou alguém que desconheço. Nem sequer quero olhar para eles ou falar com eles, quero ser invisível. Tenho dificuldade em pedir coisas nas lojas ou em falar com o empregado do restaurante. Fico muito envergonhado e um pouco assustado. 
- Eu não consigo perceber o que estás a sentir quando olho para ti. Tenho dificuldade em perceber a linguagem corporal a não ser que estejas a chorar, rir ou a gritar muito alto. 
- A maior parte das vezes não gosto que me toquem. Prefiro que não me dêem abraços mas adoro que alguém conhecido me coce as costas. Não gosto muito de cortar e lavar o cabelo e detesto que me cortem as unhas. 
- Não entendo as palavras com duplo sentido. Também não percebo as anedotas.
-Tenho consciência que sou diferente, que não consigo fazer com facilidade o que os outros fazem e isso deixa-me nervoso e frustrado. Mas não percebo a origem da minha diferença ou porque é que os outros me gozam. 
- Eu gosto de conhecer novas pessoas e falar-lhes, mas não sei como. Elas assustam-me. Leva-me algum tempo a ficar confortável com alguém. 
- Não percebo porque é que o meu professor diz que eu me porto mal . eu esforço-me por fazer o meu trabalho mas não percebo muitas coisas e não mas explicam correctamente. Mas se me sentam no fundo da sala ainda é pior porque ou fico a sonhar acordado ou me distraio facilmente. 
-. Algumas roupas são tão desconfortáveis que não consigo vesti-las.
- Prefiro ficar em casa a jogar Playstation ou ver televisão do que ir ao parque.
- No recreio não me importo de brincar sozinho

Brincadeiras de Imitação para crianças Autistas


- Em todas as brincadeiras, os olhos do adulto deverão estar no mesmo nível do olhar da criança. 
- “Vou pegar... (nome da criança)-(frases curtas e simples) - brincar de “pegar”, fazer cócegas, abraçar. Repetir várias vezes e parar. Se a criança , de alguma forma, pedir que o adulto repita a brincadeira, o adulto deve repetir.
- Soprar bolas de sabão ,balão
- Pião – demonstrar para a criança, repetir, parar, esperar que ela peça por mais. No início, aceitar qualquer tentativa de comunicação.
- Brinquedos com sons / luzes – deixar a criança explorar, depois brincar com ela, em turnos.
- Fantoches de animais – o adulto deve fazer uma voz diferente; imitar o som do animal; dizer o nome do animal. O fantoche beija a criança, abraça, se esconde, dá tchau, bate palmas.
- Músicas - aproveitar o interesse da criança e dançar com ela, segurando suas mãos, pulando, balançando
( se a criança mais tarde imitar os seus, ótimo !).
- Bola – jogar ou rolar para a criança e ensiná-la a jogar/ rolar a bola de volta (talvez sejam necessários dois adultos) . Quando ela souber jogar para outra pessoa, jogar outros brinquedos, como carrinhos.
- Livro - mostrar figuras , apontando para a figura e para a criança, sucessivamente.
- Surpresa! – coloque vários objetos/ brinquedos num saco e ao retirá-los, exagere a surpresa. Quando a criança se interessar, ela e o adulto retiram em turnos.
- Surpresa! 2 - esconda objetos/brinquedos pela casa e procure-os com a criança. Quando encontrá-los, exagere a surpresa.
- Imitar a criança em brincadeiras menos óbvias ( aqui também são necessários dois objetos ) : falar ao telefone, colocar o boné, colocar um objeto na cabeça, pentear o cabelo, brincar de “comidinha”etc.
- Brincar com bonecos – dar comida, banho, pentear, colocar para dormir, sentar na cadeira, entrar na casa, sair etc.

Fonte: Monica Accioly – Mão Amiga

Atenção Compartilhada e Identificação Precoce do Autismo

COMO ESTIMULAR A ATENÇÃO COMPARTILHADA
 Patrícia Reis Ferreira

O bebê com desenvolvimento típico, ao se relacionar com sua mãe, estabelece muitas interações face a face. Nestes momentos, a criança emite vários sons e expressões faciais, sendo comum parecer que ela está realmente dialogando com sua mãe. Paulatinamente, essas interações vão amadurecendo, e aos poucos, passam a incluir eventos e objetos do interesse da criança. Quando a criança olha para a mãe e mostra um brinquedo enquanto vocaliza e a mãe olha para aquele objeto pegando-o para brincar com a criança, está havendo alternância entre o olhar da mãe, o da criança e o objeto em questão. Elas estão compartilhando a atenção.
Sabe-se que crianças com autismo apresentam dificuldades nesse compartilhamento do foco da atenção, no entanto, essa habilidade é imprescindível para um bom desenvolvimento da comunicação, sendo considerada como precursora do desenvolvimento da linguagem. Abaixo, estão algumas dicas para estimular a atenção compartilhada:

·  Estimule o contato ocular, muitos estudiosos observaram, que esse é o primeiro passo para se compartilhar a atenção;
·  Interações face a face são muito produtivas, só assim seu filho poderá perceber para onde sua atenção está direcionada;
·  Sempre que sua criança balbuciar, vocalizar ou falar algo, contextualize dando significado aos sons que ela produzir;
·  Sempre que ela fixar a atenção em um objeto, demonstre seu interesse, comentando sobre aquele objeto ou utilizando o mesmo;
· Chame a criança pelo nome, e aponte para objetos de seu interesse, fazendo com que ela os perceba;
·  Faça brincadeiras que alternem a vez entre o adulto e a criança, como mandar uma bola ou carrinho de um para o outro;
·   Estimule a criança a apontar para um objeto altamente preferido para ter acesso ao mesmo.


A IMPORTÂNCIA DAS BRINCADEIRAS SENSORIAIS


PARA CRIANÇAS DE TODAS AS IDADES :

Através dos nossos sistemas sensoriais percebemos o nosso corpo e todo o ambiente à nossa volta. Aprendemos a usar a visão, a audição, o paladar, o tato, o olfato, as sensações proprioceptivas (dão informações sobre o que os músculos estão fazendo, e como eles devem se movimentar) e vestibulares ( dão informações sobre o equilíbrio, postura, controle do estado de alerta, atenção e regulação emocional) para realizarmos nossas tarefas e atividades de vida diária.

As experiências e vivências sensoriais são “alimento” para o cérebro, que tem a função de “organizar as sensações do próprio corpo e do mundo, de forma a ser possível o uso eficiente do corpo no ambiente” (AYRES, 1972).

Por serem de fundamental importância, as experiências e vivências sensoriais devem fazer parte da rotina infantil e podem acontecer nos mais diversos ambientes: casa, escola, parques, clubes, etc.

Aí vão alguns exemplos de brincadeiras sensoriais :

Táteis: brincar com areia, água, terra, grama, argila, massinha,, brinquedos de consistências e texturas diferentes.

Visuais: brinquedos coloridos e com contrastes (ex: preto, branco; amarelo / preto).

Auditivos: brincar com instrumentos musicais, ouvir músicas de diferentes estilos, cantar.

Olfativos / gustativos: cheirar, provar e preparar alimentos com consistências e sabores variados ( líquido, pastoso ,sólido e doce, salgado, amargo ).

Proprioceptivos: brincadeiras que envolvem o uso de força ( puxar, carregar, amassar, lavar, esfregar ) . Ex de brincadeiras: cabo de guerra, carrinho de mão.

Vestibulares: brinquedos e atividades relacionadas com movimento: rodar, balançar, pular, correr. Os brinquedos de parque são uma boa oportunidade para vivenciar estes estímulos.
 
Estas e tantas outras brincadeiras sensoriais são base para os pensamentos e atos mais complexos que emergem através do brincar cotidiano, tornando-se fundamentais para o desenvolvimento infantil.

4 dicas para o dia a dia da criança autista


1. Trabalhe para a independência de seu filho. 
Incentive seu filho a se vestir sozinho. Uma técnica muito utilizada é começar deixando apenas o último passo para ele. Se estiver ensinando a vestir uma camiseta, coloque tudo e deixe apenas que ele puxe para passar a cabeça; se for uma calça, coloque as pernas e deixe que ele a puxe até a cintura. Assim ele entenderá que a ação era vestir a peça. Vá retrocedendo em pequenos passos até que ele execute a ação de forma inteiramente independente.
Incentive-o também, da mesma forma, a se servir, comer, beber e assim por diante.
Ao fazer isto, fique calma e elogie tranquilamente cada pequeno avanço. Não fale mais que o necessário e evite irritar-se com pequenos retrocessos. Pense que neste momento você é mais que um pai e uma mãe. Você é um pai ou uma mãe que está cumprindo um papel muito importante para seu filho.

2. Estabeleça rotinas que facilitem a organização de seu filho.

A criança autista tem uma tendência muito grande a se fixar em rotinas. Você pode utilizar isso a favor da tranquilidade da mesma. Por exemplo, para organizar uma boa noite de sono, em horários pré-fixados, dê o jantar, o banho, vista o pijama, coloque-a na cama e abaixe a luz. A ordem pode ser esta ou alguma outra um pouco diferente, de acordo com sua preferência.
Nada melhor para enfrentar um dia duro de trabalho que uma boa noite de sono. E uma rotina para encerrar o dia funciona bem para a maioria das pessoas.
Mas tente fazer isto de uma forma natural para encerrar o dia de seu ilho, e não um ponto de atrito entre membros da família.

3. Ensine seu filho a quebrar rotinas.

Faça pequenas mudanças na vida diária, no começo de preferência uma de cada vez. Mude o lugar de seu filho à mesa, tente variar a comida, colocar a TV em um canal que não seja o preferido dele, mude o caminho de ir à escola. As rotinas não são imutáveis, e é melhor que seu filho aprenda isto desde cedo.
Você pode achar paradoxal, mas ao mesmo tempo em que a rotina é importante, é importante também aprender a aceitar mudanças.

4. Frequente locais públicos com seu filho.

Se seu filho é pequeno, dê preferência a parques públicos onde ele possa brincar em atividades necessárias para qualquer criança - principalmente para ele - como escorregar, balançar-se, pendurar-se, etc.
Se ele for maior, faça caminhadas em parques, será muito bom tanto para você quanto para ele. É importante frequentar locais públicos com seu filho, mesmo porque algumas vezes isto é inevitável. Se você tiver oportunidade de organizar-se neste sentido, depois de algum tempo vai perceber que realmente valeu a pena.

METODO TEACCH - TRABALHANDO CORES

METODO TEACCH - PAREAMENTO DE LETRAS