"Não devemos permitir que uma só criança fique em sua situação atual sem desenvolvê-la até onde seu funcionamento nos permite descobrir que é capaz de chegar. Os cromossomos não têm a última palavra". (Reuven Feuerstein)

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

"A pessoa com deficiência quebra a cultura da indiferença. Tenha coragem de ser diferente.”

A Rede Apae promove, de 21 a 28 de agosto, a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla.

Desde sua instituição, em 1964, a Semana é promovida anualmente e cria uma grande mobilização nacional em torno das pessoas com deficiência. Além disso, permite uma maior sensibilização e conscientização da população brasileira e dos governos em favor da busca pela garantia de direitos da pessoa com deficiência, e de sua inserção efetiva nos contextos social, cultural, educacional e político do cenário nacional.

O nome usado anteriormente era semana nacional do excepcional, pois no inicio do movimento, não haviam datas dedicadas à pessoa com deficiência, então essa semana englobava atividades dedicadas a pessoas com diversos tipos de deficiência, não só a deficiência intelectual. Com a expansão das entidades e associações ligadas as causas das pessoas com deficiência, surgiram outras datas com a temática voltada para áreas especificas de deficiência. A partir de 2010, o nome da semana foi alterado para Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla focando de maneira mais especifica no público alvo dos atendidos pelas Apaes.


Tenha coragem de ser diferente.

Culturalmente as pessoas com deficiência vêm galgando espaços e representações dentro dos mais variados níveis sociais, espaços estes que na maioria das vezes lhes foram negados historicamente. Um dos aspectos que fez com que as pessoas com deficiência fossem deixadas de lado no processo de construção histórica, foi o não acesso destas pessoas na construção da cultura. Somente no último século é possível verificar a construção histórica e cultural, que trata o tema da deficiência enquanto responsabilidade social. Esta mudança de paradigmas somente foi possível através da mobilização das famílias das pessoas com deficiência e técnicos de várias áreas do conhecimento que reconheceram as potencialidades existentes na pessoa, se propondo desta maneira a não tratar a deficiência somente, mas desenvolver as capacidades e habilidades do individuo.

Somente conscientizando a sociedade sobre as capacidades e potencialidades da pessoa com deficiência, é que será possível acabar com a indiferença social, uma vez que quando a pessoa passa a ser considera um cidadão, assim um agente social, se existir um espaço que não seja construído em uma perspectiva de desenho universal de modo a garantir a acessibilidade, não só da pessoa com deficiência física, mas também intelectual e múltipla, a responsabilidade passa a ser do social, não sendo mais uma luta isolada das famílias, mas de toda a sociedade, pois uma vez interiorizada pela sociedade integrada a condição da pessoa com deficiência, a sociedade passa a aceitá-la, compreendê-la e a criar espaços para conviver com esta pessoa. Para isso é preciso que as pessoas com deficiência se mostrem, expondo suas necessidades e expectativas, juntamente com suas famílias.

Nesta semana as Apaes chamam a sociedade para debater alguns assuntos relacionados a pessoa com deficiência dentro de seus contextos, tendo como tema este ano as barreiras da indiferença.



A Apae

Presente há 56 anos no Brasil, a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) é uma associação civil, com foco de atuação na prestação de serviços e na defesa de direitos das pessoas com deficiência, prioritariamente a deficiência intelectual. É constituída por 2.097 Apaes, 23 Federações Estaduais e uma Federação Nacional.


Página da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla


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